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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Mais de 200 agentes fiscais fazem busca na sede do jornal argentino 'El Clarín'

Inspeção

La AFIP montó un operativo intimidatorio en Clarín

Entre 180 y 200 inspectores fueron enviados al edificio donde funcionan las redacciones de Clarín, Olé y La Razón. Y repartieron otros 50 en distintas dependencias del Grupo. Hoy, Clarín había denunciado la existencia de un subsidio irregular de la ONCCA.

PRESION. Una fila de inspectores en la puerta de Clarín.

Publicada em 10/09/2009 às 20h14m

Reuters

BUENOS AIRES - Autoridades fiscais argentinas inspecionaram os escritórios do maior jornal do país nesta quinta-feira, aumentando as tensões entre o governo e um dos maiores grupos de mídia da América Latina. Mais de 200 fiscaischegaram à sede principal do jornal "El Clarín", de propriedade do Grupo Clarín, em Buenos Aires. Paralelamente, outros 50 inspetores foram enviados a sete empresas do grupo. Segundo empregados da empresa, alguns inspetores atuaram de forma agressiva e, em alguns casos, tentaram impedir a cobertura jornalística do incidente.

A operação ocorreu em meio às tentativas da presidente argentina, Cristina Kirchner, de aprovar uma nova proposta de reforma da radiodifusão no país. Analistas dizem que isso enfraquecerá a posição do Grupo Clarín como empresa de mídia dominante na Argentina.

" Este tipo de inspeção nunca ocorreu na história do Clarín "

O ex-presidente argentino e marido de Cristina, Néstor Kirchner, fez críticas públicas à cobertura do governo feita pelo Clarín, classificando-a de tendenciosa, e descreveu o grupo como um "monopólio". O jornal respondeu com uma intensa cobertura negativa da proposta de reforma.

O Grupo Clarín possui jornais, emissoras de rádio e televisão, assim como empresas de Internet e cabo. As ações da empresa caíram 1,6% nesta quinta-feira na Bolsa de Valores de Buenos Aires, enquanto emissoras locais cobriam a ação fiscal.

Um porta-voz da agência fiscal Afip disse que as buscas destinavam-se a examinar os balanços da companhia e eram similares a inspeções realizadas em outras empresas. Mas o porta-voz do Grupo Clarín, Martin Etchevers, questionou a ação e disse que a empresa havia sido selecionada.

- Este tipo de inspeção nunca ocorreu na história do Clarín - disse a um canal de televisão local.

Na semana passada, o diretor do órgão regulador de radiodifusão argentino disse ter vetado a fusão das duas operadoras de TV a cabo do país, controladas pelo Grupo Clarín, uma decisão criticada por representantes da empresa.

Deputados argentinos debatem a proposta de reforma apresentada pela presidente do país, que alteraria as regras da radiodifusão criadas durante a ditadura militar entre 1976-83.










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