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sábado, 25 de julho de 2009

Pesquisadores da Universidade de São Paulo em Bauru criam carne em pó


Produto é destinado a pessoas que não podem mastigar.
Carne será 60% mais barata que suplementos de proteína.

Da Agência Estado


Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma carne em pó que promete melhorar a qualidade de vida das pessoas que precisam dos nutrientes da carne mas não conseguem mastigar.

Os beneficiados incluem, por exemplo, pacientes com Alzheimer, Parkinson, AVC e lábio leporino. Doentes com câncer ou pessoas submetidas à cirurgia de redução de estômago também devem tirar proveito do produto.


A nutricionista Suely Prieto de Barros, responsável pela ideia do produto, explica que a carne em pó será mais acessível do que os suplementos de proteína disponíveis no mercado, feitos à base de soja, milho, maltodextrinas e aminoácidos sintéticos. "Será, no mínimo, 60% mais barata", aponta Suely.

Cada 100 gramas da carne em pó contêm cerca de 10 mil miligramas de aminoácidos essenciais - elementos fundamentais para a construção das proteínas. Uma quantidade idêntica de carne teria uma presença 20% maior de aminoácidos, o que comprova a manutenção da maior parte dos nutrientes no produto em pó.

Os níveis de cálcio, ferro e sódio também são semelhantes ao da carne não processada. Por outro lado, as gorduras saturadas estão presentes em menor quantidade do que em carnes magras.

O produto pode acompanhar receitas doces e salgadas, como sopas ou vitaminas.

Há 24 anos, Suely cuida de crianças com lábio leporino no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, em Bauru (SP). Em dezembro, sugeriu ao Grupo Bertin a criação do produto. Duas semanas depois, foi procurada para iniciar os testes com um primeiro lote. No próximo ano, a Bertin pretende aprovar o produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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