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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Gripe suína: 200 portugueses regressam do México





por CARLA AGUIAR

Amanhã chega ao Aeroporto da Portela, em Lisboa, um voo directo do México com 200 portugueses. A DGS diz que não há casos suspeitos. Maioria de turistas nacionais não vai para zonas afectadas. Quatro hospitais estão em alerta máximo. Linha Saúde 24 recebeu 150 chamadas, sem consequências.

Quatro hospitais (Curry Cabral e Estefânia, em Lisboa, Hospitais da Universidade de Coimbra e Hospital de São João, no Porto) estão em especial alerta para o caso de aparecerem, em Portugal, pessoas infectadas com o vírus da gripe suína. Além disso, o DN apurou que as autoridades já prepararam o plano para receber os 200 passageiros que amanhã chegam a Lisboa, num voo charter, directamente do México - país onde a propagação do vírus começou e é considerada grave, pelas dezenas de mortes que tem causado.

A Organização Mundial de Saúde já admitiu mesmo o risco pandémico deste vírus, com os Estados Unidos a decretarem ontem o estado de emergência médica no país.

Por isso, os serviços de saúde do Aeroporto de Lisboa vão distribuir aqueles 200 passageiros planfletos informativos sobre os cuidados a ter no caso de, nos dez dias seguintes, registarem sintomas gripais com febres altas, apurou o DN junto da Direcção-Geral da Saúde (DGS). Em cima da mesa está a possibilidade de o comandante do avião falar aos passageiros sobre as medidas a tomar. É o único avião directo que chega esta semana a Portugal, mas os operadores turísticos estimam que estejam muito mais turistas portugueses no México.

O certo é que ontem, as autoridades garantiram que não há qualquer caso suspeito em Portugal. Mesmo entre as 150 pessoas que ligaram para a linha de Saúde 24 a pedir informações sobre este vírus. "Nenhuma foi sequer sujeita a testes", adiantou ao DN Sérgio Gomes, o enfermeiro responsável da linha, que recebeu aquele número de chamadas entre as 13 horas de sábado até às 17 horas de ontem.

Apesar de estarem muitos portugueses no México, a grande maioria não está nas zonas afectadas - que são a capital, Cidade do México, San Luís Potosi, Mexicali e Oaxaca -, mas em Cancun e Riviera Maya,a cerca de 3 mil quilómetros da capital. Ali, no Hotel Bahia Príncipe Tulum, o DN confirmou ontem a presença de, pelo menos 33 portugueses. "Por aqui tudo está tranquilo, continuamos a sair do resort para fazer excursões", disse ao DN Emílio, 33 anos.

Um relato bem diferente é feito, a partir da Cidade do México, por Fernando Souto, presidente da Câmara de Comércio e Indústria Portugal-México: "Aqui as medidas tomadas pelo Governo são muito dramáticas, não há missas, nem jogos de futebol, teatros ou cinemas e as aulas estão encerradas até dia 6". Aquele português, ali radicado há vários anos, vive numa zona residencial, "Quando tiver de ir ao centro, uso máscara e tomo especiais precauções". Ontem, militares distribuiam máscaras nas ruas, "num ambiente estranho", acrescentou. Naquela cidade habitada por 20 milhões de pessoas vivem entre 80 a 100 portugueses, num total de cerca de 350 que residem no país, segundo Fernando Souto. "Até ao momento não é conhecido um caso de infecção entre portugueses", disse. Aliás, o assessor da Secretaria de Estado das Comunidades garantiu ao DN que não houve pedidos de ajuda de nenhum português,

Os ânimos vão-se acalmando à medida que são conhecidos os resultados positivos do tratamento dos doentes infectados com Tamiflu, a vacina também usada no tratamento da gripe aviária. E que existe em Portugal para o caso de uma emergência.

"A minha família disse-me, por telefone, que agora há mais esperança, porque já foi encontrado um anti-vírus",disse ao DN, José Araújo, empresário radicado há 19 anos em Monterey, que desembarcou em Portugal na quinta-feira, num dia em que ainda nada se sabia sobre o vírus que está a assustar o mundo .

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