Pela primeira vez depois da fugir do hospital, o ex-policial militar Everaldo Pereira dos Santos, se pronunciou sobre as acusações de assassinato do ex-delegado da Polícia Civil (PC), Ricardo Lessa. De acordo com o pai de Eloá Pimentel - jovem morta pelo ex-namorado, depois de passar mais de 100h em cárcere privado - acusa dois policiais de Pernambuco.
O acusado disse que teve que desaparecer da cidade, perdendo até o enterro da sua filha, para ganhar tempo: enquanto procurava um advogado que o defendesse. O cabo disse que tudo foi arquitetado. O crime, que aconteceu em 1991, foi encomendado - desde o começo. "Eu trabalhava na escolta do delegado. Mas, por saber demais, o secretário de segurança [Rubens Quintella] me afastou do cargo", declarou o acusado.
Ele contou que sabia que muita gente estava interessada na morte de Lessa. Inclusive que tinha um grupo disposto a matá-lo. "Estava tudo certo. Fizeram um esquema para matar o doutor. Então vieram o fazendeiro Fernando Fidellis e os matadores Tonho Negão e Preguinho, o último - inclusive - era um policial muito conhecido em Recife", declarou o pai de Eloá.
De acordo com o ex-militar, também vieram o Dorgi, primo do cabo Henrique, e quem arquitetou tudo foi o ex-coronel Manoel Cavalcante. "Sendo que nós nunca trabalhamos para ele. Eu nunca fiz parte deste grupo, eu trabalhei com o doutor Ricardo", declarou o acusado.
Everaldo Pereira vai além. Ele culpa a cúpula da Secretaria de Segurança da época. "Afinal, eles sabiam que isso iria acontecer. Então, em cima da bucha, eles nos tiraram. Inclusive queriam matar a gente no enterro", relembrou. A partir daí, o pai de Eloá resolveu 'correr', deixar o estado
Nenhum comentário:
Postar um comentário