RIO - O Brasil é o primeiro país no mundo a contar com o único tratamento medicamentoso para combater a rotavirose. O medicamento Annita® (nitazoxanida) eficaz como antiparasitário intestinal, lançado em 2006 pela Farmoquímica, recebeu recentemente a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) indicado para tratar a rotavirose.
Segundo o infectologista Sérgio Cimerman, do Hospital Israelita Albert Einstein, a rotavirose é caracterizada por diarréia com ocorrência de até 20 evacuações por dia, febre e vômitos, podendo causar desidratação grave, especialmente em crianças, em apenas 24 horas.
- O rotavírus é altamente contagioso, pois quando atinge o ambiente familiar, chega a infectar 50% das crianças e 30% dos adultos - alerta o médico.
Desde 2006, está disponível no Brasil uma vacina capaz de prevenir a infecção por rotavírus. A mesma faz parte do programa nacional de imunização, mas apresenta algumas limitações importantes. O esquema vacinal recomendado é de duas doses, aos dois e quatro meses de idade.
Essa vacina não deve ser aplicada fora da faixa etária preconizada devido ao risco aumentado de reações adversas. Isto significa que, atualmente, 180 milhões de brasileiros estão expostos ao vírus, sem qualquer tipo de cobertura. Além disto, a vacina não é eficaz em 15% dos casos.
Annita® reduz significativamente os sintomas da rotavirose como diarréia e vômitos, minimizando assim as chances de complicações como a desidratação. Até a aprovação de Annita® não havia nenhum tratamento específico para combater a doença.
A terapia consistia apenas na reidratação oral ou venosa e na correção dos distúrbios eletrolíticos. Annita® não substitui a hidratação, porém é um medicamento comprovadamente eficaz no tratamento da rotavirose, diminuindo a duração dos sintomas.
Anualmente, a gastroenterite por rotavirose é responsável por cerca de 500 a 900 mil mortes no mundo. Também é a principal causa de morbidade em crianças menores de cinco anos, pois elas ainda não possuem defesa imunológica contra esta infecção.
Até esta idade, acredita-se que toda criança tenha tido contato com a doença pelo menos uma vez. Só na América Latina, anualmente 15 mil óbitos infantis estão relacionados ao mal, que tem a falta de higiene como principal forma de contágio. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus por meio da saliva, ou até mesmo, pelo contato, uma vez que o período de incubação pode durar três dias no meio externo.
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