03.07.2008
Foi um momento histórico. Foi uma extraordinária vitória do presidente colombiano, Álvaro Uribe. Ele resistiu a todas as pressões de que cedesse às exigências dos terroristas, que queriam a entrega de uma outra parte do território para negociar.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, não acreditava na via militar e pressionou para que Uribe aceitasse a mediação de Hugo Chávez. A operação foi ousada, arriscada e deu certo.
Esta não é a primeira derrota dos terroristas das Farc. Eles perderam líderes, eles perderam popularidade, eles perderam agora seu maior trunfo.
Uribe está atacando as Farc por outro lado: está incentivando a deserção oferecendo indulto e reinserção na vida civil a quem desistiu. Já conseguiu só nos últimos meses tirar dois mil integrantes das Farc.
Uribe tem 84% de popularidade – isto antes de libertar Ingrid. Agora vai aumentar. Ele quer um terceiro mandato, mas terá que enfrentar alguns problemas: 30 dos deputados da sua base estão presos por colaborarem com a milícia paramilitar, que também tem ligações com o narcotráfico.
Aliás, o tráfico tem ficado mais forte e não mais fraco nos últimos tempos. Mas libertando Ingrid, Uribe tira um sonho de Hugo Chávez, que queria com ela aumentar seu prestígio internacional.
Mas a maior das vitórias é da própria Ingrid, uma militante ambientalista de um pequeno partido chamado Oxigênio Verde. Prisioneira sem culpa de uma guerra suja, que suportou sofrimentos indescritíveis nesses seis anos.
Hoje Ingrid está livre e nesta manhã reencontrará os filhos, Melanie e Lorenzo. Uma alegria para todas as pessoas de bem: Ingrid Betancourt, enfim, livre e feliz.
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