| 18.07.2008 | 17h23
Por Isabel Sobral
Agência Estado O presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (Fentect), Manoel Cantoara, afirmou hoje que a categoria, em greve há 18 dias, espera selar amanhã, em reunião com o ministro das Comunicações, Hélio Costa, na sede da ECT, em Brasília, acordo que permita o encerramento do movimento.
"Temos muita expectativa em relação a essa reunião, pois o desejo da categoria é sair do impasse", assinalou Cantoara. Ele alinhou três pontos como os principais obstáculos na negociação com a diretoria da ECT: renegociação do Plano de Cargos e Salários, o pagamento permanente do abono de 30% e o desconto dos dias parados.
A ECT propôs ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) discutir o Plano de Cargos com a mediação do TST, pagar o abono de 30% por três meses a título de bônus emergencial e nesse período de três meses negociar sua incorporação ao salário-base; e desconto de 50% dos dias parados, com os restantes 50% compensados por horas de trabalho adicional, com a garantia de não demissão pela greve (os trabalhadores concordam com a compensação, mas sem nenhum desconto dos dias parados).
O presidente da Fentect informou que a entidade protocolou, pela manhã, no TST, sua contraproposta, enfatizando os três pontos. Segundo ele, se for fechado o acordo amanhã com o ministro das Comunicações, serão convocadas assembléias estaduais na segunda-feira para votar a suspensão da greve.
Cantoara disse que as entregas de correspondências e encomendas estão paralisadas em 23 Estados e no Distrito Federal, divergindo dos dados da ECT, pelos quais até ontem mais de 67% das correspondências e mais de 96% das encomendas haviam sido entregues desde o início da paralisação, no último dia 1º. O presidente da Fentect declarou estar sendo cumprida a determinação do TST de no mínimo 50% dos 110 mil funcionários dos Correios trabalhando.
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