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sábado, 15 de outubro de 2011

Promotoria denuncia venda de Toddynho sem data de validade em SP



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JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO
A Promotoria do Consumidor de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) encaminhou na manhã desta sexta-feira à Vigilância Sanitária municipal uma denúncia de caixinhas de Toddynho sendo vendidas sem data de validade e de fabricação e sem lote no supermercado Extra da cidade.


O Ministério Público quer que a Vigilância recolha todas as caixinhas do achocolatado que estiverem sem as informações de validade e fabricação.
No Rio Grande do Sul, a Secretaria da Saúde chegou a suspender por duas semanas a comercialização do Toddynho no Estado, após 39 pessoas terem relatado que passaram mal ao ingerir o produto em 14 municípios gaúchos.
O ofício da Promotoria de Ribeirão baseia-se em denúncia feita nesta semana por um cliente do Extra, localizado na avenida Presidente Vargas, que comprou o achocolatado no último dia 4.
O cliente, ao ver a falha nas embalagens, chamou o gerente do Extra, que respondeu que ira questionar o fabricante. O consumidor ficou aborrecido com a resposta, diz a Promotoria, e até retrucou com o gerente que o hipermercado também era culpado por ter exposto o produto sem as informações. Em seguida, pegou uma das caixinhas e efetuou a compra.
Além do produto lacrado sem as informações, o consumidor deixou na Procuradoria a nota fiscal da compra para comprovar onde o Toddynho foi adquirido.
"É perigoso porque sem a data de validade você não sabe se o produto traz riscos ao consumidor", diz o promotor Carlos Cezar Barbosa.
Além de notificar a vigilância, o promotor vai encaminhar o Toddynho lacrado à perícia da Polícia Civil e também alertar a Promotoria do Consumidor de São Paulo para verificar se não há casos semelhantes em hipermercados do Estado.
A vigilância, via assessoria de imprensa, diz que pediu à Promotoria na tarde desta sexta mais informações sobre o caso para decidir qual medida tomará.
OUTRO LADO
Em nota, a assessoria do Extra diz que o hipermercado "trabalha de acordo com as orientações dos órgãos reguladores" e que tem "rigoroso procedimento para auditar a validade e a qualidade dos produtos" em suas lojas.
A nota diz ainda que a rede está apurando o caso apontado para que isso não volte a ocorrer e que solicitou esclarecimentos do fabricante.
Já a PepsiCo, fabricante do Toddynho, diz, em nota, que não foi notificada pelo Ministério Público nem recebeu reclamação de consumidores em seu site.
Também informou que tem rigoroso controle de qualidade na produção de suas marcas.

Toddynho saiu de fábrica na Grande São Paulo com detergente

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CRISTINA MORENO DE CASTRO
DE SÃO PAULO
Pela primeira vez, a PepsiCo admitiu que houve falhas no processo produtivo em sua fábrica de Guarulhos (Grande São Paulo). O erro fez com que embalagens de Toddynho contivessem produtos de limpeza em vez de achocolatado.


"A máquina produziu um pequeno lote que não tinha Toddynho. Era uma solução que nós usamos para lavar a máquina: água e uma concentração de detergentes de 2%", diz Vladmir Maganhoto, diretor da unidade de negócios Toddynho da PepsiCo.
"Pode conter soda cáustica", completou ele. Até agora, mais de 20 pessoas ingeriram o líquido em caixinhas de Toddynho em 11 cidades do Rio Grande Sul.
Maganhoto só deu entrevista após saber que a Folha ouviu de um funcionário da fábrica que um dispositivo defeituoso provocou o erro. Antes disso, a PepsiCo só emitia notas para a imprensa.
Sobre o problema, o diretor informou apenas que "houve uma falha no processo produtivo como um todo" e que a empresa está levantando evidências para que o problema não se repita.
Na linha de montagem da fábrica --que funciona 24 horas e produz 1,1 milhão de unidades de Toddynho por dia--, o achocolatado já pronto é levado dos tanques, por tubulações, até nove máquinas que envasam o produto.
Um dispositivo detecta quando o tanque está vazio e interrompe o processo. Isso permite a lavagem automática do tanque sem que os produtos de limpeza sejam envasados. O funcionário ouvido pela Folha disse que a falha ocorreu nesta etapa.
Maganhoto confirma que houve um problema no dia 23 de agosto, mas não precisou o tipo de anormalidade.

Editoria de Arte/Folhapress
QUATRO MINUTOS
Segundo ele, o problema só foi percebido depois de quatro minutos do início da lavagem do tanque, quando funcionários viram as embalagens saindo quentes da esteira e interromperam o funcionamento da máquina.
O diretor diz que funcionários descartaram "uma grande parte" do que tinha sido envasado, porém 80 caixinhas de Toddynho podem ter saído da fábrica com o líquido da limpeza. A empresa tenta retirá-los do mercado.
Maganhoto diz que agora a prioridade é ajudar as vigilâncias sanitárias e as vítimas, mas que é prematuro discutir sobre indenizações.
As vigilâncias sanitárias estadual e municipal de São Paulo estiveram na fábrica quatro vezes desde sexta. Os órgãos vão elaborar um relatório, ainda sem data para ficar pronto.









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