O acidente com um trem-bala chinês em 23 de julho, que matou 40 pessoas e feriu 191, tinha uma versão oficial. Um raio o teria atingido e causado o descarrilamento. O caso teria acabado assim se o repórter Atsuki Okudera, do diário japonês Asahi Shimbum, não tivesse testemunhado policiais e operários enterrando o primeiro vagão, onde ficam todos os instrumentos que registram a operação do veículo. Ali mesmo, ao lado do viaduto de onde o trem despencara. A publicação da reportagem sobre o procedimento suspeito chegou às redes sociais na China e deu início a uma campanha popular por transparência nas informações oficiais. Até mesmo a imprensa chinesa cobrou explicações. O governo foi obrigado a desenterrar o vagão e admitir que pode ter havido falha humana. Uma comissão foi criada para investigar o caso. “Nunca havia visto algo assim na China”, disse Okudera. Uma vitória do jornalismo sobre a mentira.
Época - 08/08/2011 |
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