Por: Guilherme Bryan, para a Rede Brasil Atual
Cena de 'Adultérios', de Woody Allen, com Fábio Assunção (centro), Carol Mariotti e Norival Rizzo. Foto: ©João Caldas/Divulgação)
A experiência no palco e em cena é fundamental para surgir um grande ator. É o que pode ser comprovado pela trajetória do paulistano Fabio Assunção, que completa 40 anos nessa quarta-feira, 10 de agosto. Basta comparar a atuação dele como o mocinho Fabio Rocha, da telenovela "Vamp", exibida há 20 anos - que pode ser revista agora pelo canal a cabo Viva - e como um mendigo psicótico e esquizofrênico na peça "Adultérios". De autoria de Woody Allen, o espetáculo está em cartaz no Teatro Shopping Frei Caneca, em São Paulo (veja horários abaixo).
Se o texto, na adaptação e direção de Alexandre Reinecke, com tradução de Raquel Ripani, mantém o humor típico de um dos mais aclamados cineastas norte-americanos, Fabio Assunção ajuda a dar à narrativa um sabor todo especial. Com um figurino moderno, criado por Leopoldo Pacheco, o ator convence e diverte. Ele é um sem-teto de Nova Iorque chamado Fred que, ao encontrar o roteirista de cinema Jim Swain, interpretado por Norival Rizzo (famoso pela atuação em “Doze Homens e Uma Sentença”, dirigido por Eduardo Tolentino), garante que o vem perseguindo há alguns meses em função de ele ter lhe roubado uma história que havia contado a outro mendigo, no Central Park.
Em meio a várias tiradas bastante divertidas, Fred vive vagando desde que perdeu a namorada e passou a acreditar que tem um chip instalado no ouvido, que recebe sinais emitidos diretamente do Empire State. Por sua vez, Jim aguarda a chegada da amante, Barbara (a atriz, bailarina e coreógrafa Carol Mariottini), para terminar com ela e retomar a vida familiar com a esposa e os dois filhos gêmeos. A partir daí é que a história toma rumos inesperados e muito bem construídos pelo texto original de Woody Allen, que é encenado com grande competência pela primeira vez em palcos brasileiros.
Fabio Assunção, que estreou no teatro em 1986 com a peça infantil A Bruxinha Que Era Boa, de Maria Clara Machado, estava longe dos palcos desde 2001, quando participou da montagem do clássico Quem Tem Medo de Virginia Woolf, de Edward Albee, dirigido por João Falcão. Na televisão, o ator brilhou em telenovelas como O Rei do Gado, Por Amor, Belíssima e Paraíso Tropical; e as minisséries Os Maias, Mad Maria, JK e Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor, interpretando nesta última o cantor e compositor Herivelto Martins. No cinema, ele foi escolhido para interpretar o detetive Bellini, em dois filmes baseados nos romances policiais escritos por Tony Bellotto.
guibryan1@redebrasilatual.com.br
Até 25 de setembro, às sextas, às 21h30, sábados, às 21h, e domingos, às 19h
Ingressos de 50 a 70 reais
Teatro Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, 6º andar. Fone: 3472-2229
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