Entrevistas inéditas com Jackie Kennedy reavivam especulações sobre JFK

DA FRANCE PRESSE

A próxima publicação de uma série de entrevistas inéditas com Jacqueline Kennedy está lançando uma torrente de especulações sobre supostas revelações explosivas da vida e do assassinato de seu marido, o ex-presidente americano John F. Kennedy.

	13.mai.1961/Associated Press
	Jacqueline Kennedy e o presidente John F. Kennedy deixam o Ministério das Relações Exteriores em Paris

As entrevistas, conduzidas em 1964 pelo historiador Arthur Schlesinger, estão presentes no livro "Conversações históricas sobre a vida com John F. Kennedy", numa tradução livre, que será publicado em setembro, acompanhado de emissão do canal americano ABC.

A editora Hyperion Books promete um "relato surpreendentemente detalhado e sem enfeites" das "experiências e impressões" de Jackie Kennedy (1929-1994) como esposa e confidente de John F. Kennedy, 35º presidente de Estados Unidos entre 1961 e 1963, quando foi assassinado.

"O resultado das oito horas e meia de material gravado fornece um registro único e irresistível de uma época tumultuada, com detalhes inéditos da vida de muita gente importante e acontecimentos que marcaram a presidência da JFK, apresentando, também, sob uma nova luz, o homem que esteve por trás de decisões históricas", acrescenta.

Ante o mistério que cerca o conteúdo das gravações, os meios americanos e britânicos se atiraram numa corrida de especulações sobre os presumíveis detalhes "explosivos" transmitidos por Jackie que, em vida, sempre se negou a falar em público sobre o assassinato do marido, com quem esteve casada dez anos.

Segundo o jornal britânico "Daily Mail", as fitas revelam que Jackie acreditava que o então vice-presidente de JFK e seu sucessor, Lyndon Johnson, estivesse por trás do assassinato, ocorrido em 22 de novembro de 1963 em Dallas (Texas, sul dos Estados Unidos).

Uma comissão de investigação governamental, nomeada por Johnson, encontrou como único culpado do crime Lee Harvey Oswald, que foi por sua vez assassinado dias mais tarde, fazendo com que multiplicassem os rumores e as teorias conspirativas.

Para Jackie, assim como para muitos americanos, Lee Harvey Oswald era apenas um "bode expiatório".

Outro tabloide britânico, o "Sunday Express", diz que Jackie Kennedy suspeitava de uma relação extraconjugal do marido com uma jovem de 19 anos que trabalhava na Casa Branca.

O canal ABC anunciou que "as informações dos tabloides sobre o conteúdo das gravações são totalmente errôneas", precisando que divulgará o material sobre as entrevistas em meados de setembro.

Segundo os meios britânicos, o canal divulgará as fitas como parte de um acordo para não pôr no ar a minissérie "The Kennedys", pouco bajuladora desta poderosa dinastia americana e que foi emitida nos Estados Unidos por um canal a cabo no começo de 2011.

Jackie Kennedy havia pedido para que não se divulgasse as entrevistas até 50 anos depois de sua morte, mas sua filha Caroline, que aparece como coautora do livro junto a Michael Beschloss, resolveu não levar em conta esse desejo, permitindo a publicação.

Nascida numa família da alta sociedade nova-iorquina, Jacqueline Lee Bouvier casou-se em segundas núpcias, em 1968, com o magnata grego Aristóteles Onassis, com quem ficou até a morte dele, em 1975.

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