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domingo, 19 de junho de 2011

#PT Escândalo dos Aloprados : Mercadante e Quércia encabeçaram Aloprados

, mostra reportagem de VEJA

Petista Expedito Veloso quebra pacto de silêncio e revela quem foram os mentores e os arrecadadores do dinheiro que financiaria uma das maiores fraudes eleitorais da história brasileira

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e o senador falecido Oréstes Quércia: união para bancar o dossiê dos aloprados

O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, e o senador falecido Oréstes Quércia: união para bancar o dossiê dos aloprados (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr e Ricardo Stuckert/PR)

Em 2006, às vésperas do primeiro turno das eleições, a Polícia Federal prendeu em um hotel de São Paulo petistas carregando uma mala com 1,7 milhão de reais. O dinheiro seria usado para a compra de documentos falsos que ligariam o tucano José Serra, candidato ao governo paulista, a um esquema de fraudes no Ministério da Saúde. O episódio ficou conhecido com escândalo do Dossiê dos Aloprados.

Nas investigações sobre o caso, a PF colheu 51 depoimentos, realizou 28 diligências, ordenou cinco prisões temporárias, quebrou o sigilo bancário e telefônico dos envolvidos, mas não chegou a lugar algum. Reportagem de VEJA desta semana desvenda o mistério cinco anos depois. A revista teve acesso às gravações de conversas de um dos acusados do crime, o bancário Expedito Veloso, atual secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal. Procurado pela reportagem, Expedito confirmou o teor das conversas, ao mesmo tempo em que se mostrou surpreso com o fato de terem sido gravadas. "Era um desabafo dirigido a colegas do partido", disse.
VEJA demonstra que o mentor e principal beneficiário da farsa foi o ex-senador e atual ministro da Ciência e Tecnologia Aloizio Mercadante. Não é a primeira vez que o nome do ministro surge na investigação. A PF chegou a indiciá-lo por considerar que era o único beneficiado pelo esquema. Mas a acusação acabou anulada por falta de provas. "Agora surgem elementos mais do que concretos para esclarecer de uma vez por todas a verdade sobre o caso", diz a reportagem.
Em seu "desabafo", Expedito conta que o ministro e o PT apostavam que a estratégia de envolver Serra num escândalo lhes garantiria os votos necessários para que Mercadante conquistasse o governado de São Paulo. Ele explica ainda que a compra do dossiê foi financiada por dinheiro do caixa dois da campanha petista e ainda, de maneira inusitada, pelo então candidato do PMDB ao governo paulista, Orestes Quércia. “Os dois (Mercadante e Quércia) fizeram essa parceria, inclusive financeira”, revela o bancário. “Parte vinha do PT de São Paulo. A mais significativa que eu sei era do Quércia.” Tratava-se de um pacto. “Em caso de vitória do PT, ele (Quércia) ficaria com um naco do governo.” Procurado por VEJA, o ministro Mercadante não quis comentar o episódio.
VEJA mostra ainda que a investida dos aloprados contra Serra não foi a primeira. Esquema semelhante já havia sido testado anteriormente - dessa vez com sucesso - em Mato Grosso. E nem os próprios petistas a bruxaria poupou: quando candidata ao governo matogrossense, a atual senadora Serys Slhessarenko, do PT, foi abatida por um dossiê fabricado e divulgado pelos aloprados.


18/06/2011

às 18:57

Dr. Hélio praticamente exigiu apoio de Lula. E recebeu.

No dia em que se revelam os detalhes da tramóia do Dossiê dos Aloprados, Luiz Inácio Lula da Silva e José Dirceu saem em defesa de Dr. Hélio, prefeito de Campinas. Como se sabe, um amigo seu, de infância, que ele importou do Mato Grosso do Sul estimulado pela delação premiada, denunciou uma porção de supostas falcatruas na Prefeitura, que seriam comandadas pela primeira-dama. Muito bem! A delação premiada foi o instrumento usado pela Polícia Federal, do qual os petistas nunca reclamaram, para acabar com José Roberto Arruda no Distrito Federal. O poder, hoje, está com o PT.

Bem, nem vou entrar no mérito das denúncias porque o objeto deste post é outro. Dr. Hélio deu uma estranhíssima entrevista ao Estadão, acompanhado de seus advogados, em que praticamente cobrou o apoio de Lula e de José Dirceu — indiretamente, pediu o de Dilma também. Eu li a coisa mais ou menos assim: “Vocês sabem que vocês me devem essa; tratem de sair em minha defesa”. Até então, Lula e Dirceu estavam calados.

No dia seguinte, o “consultor de empresas privadas” já fazia uma candente defesa do prefeito de Campinas em seu blog e endossava a tese de que tudo era uma conspiração tucana. Hoje, foi a vez de Lula. Leiam o que informa a Folha Online. Volto em seguida:
*
Lula defende Dr. Hélio e diz que oposição ‘achincalha’ PT

Por Marina Carneiro:
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou plateia de petistas para sair em defesa do prefeito de Campinas, Doutor Hélio (PDT), durante evento em Sumaré (SP), na manhã deste sábado (18). A mulher do político, Rosely Nassim, e o vice-prefeito Demétrio Vilagra, que é do PT, são acusados pelo Ministério Público de Campinas de fraude e desvio de verbas da prefeitura. “Não vamos esquecer: em 1989, tentaram colocar uma camisa do PT num dos sequestradores do Abílio Diniz. Não vamos esquecer: o vice de Campinas estava de férias com a mulher quando estamparam cartazes de procurado no aeroporto”, afirmou Lula.

O ex-presidente sugere que as acusações são de interesse dos opositores do partido. “Os adversários não brincam em serviço. Toda vez que o PT se fortalece, eles saem achincalhando o partido”, disse Lula. Prosseguiu em tom de desabafo: “Estou de saco cheio de ver companheiros serem acusados, terem a família destruída, e depois não ter prova [contra eles]“.

Dirceu
O ex-ministro José Dirceu também citou o prefeito de Campinas em seu discurso, durante o encontro das macrorregiões do PT. Segundo ele, começou um movimento para “desestabilizar as nossas prefeituras”. O ex-ministro da Casa Civil afirmou que as investigações contra o vice e a mulher de Doutor Hélio estão sendo usadas politicamente. “Eu não deveria assumir esse papel, vocês sabem da minha condição”, disse, referindo-se ao afastamento do cargo de ministro da Casa Civil, em 2005, após o escândalo do mensalão. “Mas quando fizeram o que fizeram comigo, Doutor Hélio teve a coragem de me defender publicamente”, justificou Dirceu.

Voltei
No fim das contas, Lula e Dirceu acabam sempre voltando à tese de que o mensalão foi mera tramóia das oposições. O chato é que, agora, até um relatório da Polícia Federal assegura que a falcatrua existiu — e, o que é pior, envolvendo dinheiro público.

Vai funcionar como estratégia de defesa? Sei lá! Se Lula e Dirceu afirmam que Dr. Hélio — que nem é formalmente acusado — é tão inocente como eles são, o efeito pode ser contraproducente.

Por Reinaldo Azevedo




Antônio da Costa Santos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Antônio da Costa Santos
Prefeito de Campinas Bandeiracampinas.jpg
Mandato: 1 de janeiro de 2001
até 11 de setembro de 2001
Precedido por: Francisco Amaral
Sucedido por: Izalene Tiene

Nascimento: 14 de junho de 1952
São Paulo, SP
Falecimento: 11 de setembro de 2001 (49 anos)
Campinas, SP
Partido: PT

Antônio da Costa Santos (São Paulo, 14 de junho de 1952Campinas, 11 de setembro de 2001), mais conhecido como Toninho do PT, foi um político brasileiro.

Filiado ao PT, exercia o cargo de prefeito de Campinas quando foi assassinado a tiros.

Toninho estava há apenas oito meses no cargo de prefeito de Campinas. Sua atuação contra o crime organizado e as reduções em até 40% nos valores pagos em contratos a empresas de serviços como merenda escolar e limpeza urbana, somadas à insistência do prefeito em desalojar casas para a ampliação do aeroporto de Viracopos lhe renderam várias ameaças – o que reforça a hipótese de crime político.

Um inquérito policial concluiu que o prefeito, durante uma viagem que fazia de automóvel, foi morto sem nenhum motivo além do fato de cruzar por acaso com um bando de criminosos que na ocasião passava pelo local. O carro do prefeito teria inadvertidamente fechado o veículo dos bandidos e por causa disso eles atiraram na direção do prefeito. A última das três balas atingiu Toninho na artéria aorta, matando-o instantaneamente. Minutos antes, ele passara em uma loja do Shopping Iguatemi para retirar ternos que havia comprado.

A família de Toninho não se conformou com o resultado do inquérito policial e pediu novas investigações. Os familiares do prefeito morto acreditam que o crime teve motivação política, bem como colegas de partido como José Genoíno, que declarou na ocasião que o assassinato de Toninho fora motivado por suas enérgicas ações contra o narcotráfico campineiro.

Curiosamente, Toninho teve um mau pressentimento pouco antes de sua morte. Num discurso no Palácio dos Jequitibás, a sede da Prefeitura de Campinas, ele reafirmou que, caso algo lhe acontecesse, a primeira pessoa a assumir o cargo seria sua vice-prefeita, Izalene Tiene. Outro detalhe é que a cobertura de sua morte foi quase completamente ofuscada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, ocorridos na mesma manhã de sua morte.

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