04/05/2011 11h40 - Atualizado em 04/05/2011 12h03
Rapaz de 25 anos foi baleado na frente do pai na Zona Sul de SP.
Assaltantes fugiram com celulares e são procurados pela polícia.
efeito de remédios (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O pai e a mãe de Thiago Castello Branco Nogueira, de 25 anos, morto durante um assalto na noite desta terça-feira (3), na região do Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo, estavam sob o efeito de remédios na manhã desta quarta-feira (4), segundo informou o motorista Roberto Manoel da Silva, de 39 anos, que foi padrasto do rapaz. Nogueira estava com um amigo e o pai em um estúdio de tatuagem quando foi abordado pelos assaltantes na Avenida das Belezas. O pai presenciou o crime.
Os pais do jovem são separados – ele morava com a mãe. Na noite de terça, foi com um amigo e o pai, empresário, ao estúdio de tatuagem. Enquanto o amigo fazia o desenho, o empresário ficou descansando no carro. O crime aconteceu quando Thiago foi chamar o pai e os dois voltaram para o estúdio.
“Ele era extrovertido, não tinha inimigos, não tinha vícios, queria voltar para a faculdade de tecnologia da informação, que tinha trancado. Trabalhava com o pai, não dava trabalho”, contou Silva, que morou com Thiago e com a mãe dele por seis anos. O casal havia se separado há cerca de um mês, mas o motorista foi chamado pela mãe do rapaz na noite desta terça, após o crime.
“O amigo do Thiago logo ligou avisando. Ela [a mãe do rapaz] foi para o hospital, um vizinho levou. Ela me ligou e eu fui para lá. Era meia-noite e meia quando os médicos chamaram e informaram que ele não resistiu”, contou o padrasto do jovem. “Ela [a mãe] tomou calmante para se acalmar. Ela não consegue falar, não caiu a ficha ainda.” O pai de Thiago ficou em estado de choque, se culpa pelo que ocorreu e precisou ser sedado, segundo informações dadas por um tio do rapaz a Silva.
Estúdio
O tatuador e cabeleireiro Cristiano Nery Galbes, dono do estúdio onde as vítimas estavam, achou que pai e filho haviam sido baleados quando ouviu os dois disparos. “Eles sempre vêm aqui, é uma família alegre, bacana, divertida. Os dois têm a mesma tatuagem. O Thiago saiu para falar com o pai, daqui a pouco ouvimos dois disparos, quando saímos ele já estava caído no chão, ajudei a colocar dentro do carro do pai. Foi só o barulho, tanto é que para mim eu pensei que tinha acertado os dois”, contou ele, que não chegou a ver os assaltantes.
desenho no corpo (Foto: Juliana Cardilli/G1)
O tatuador acompanhou a família até o hospital e estava junto com o pai de Thiago quando os médicos comunicaram a morte do rapaz. Agora, tem medo de continuar trabalhando em seu estúdio. “Eu não dormi essa noite, nunca vi uma coisa tão terrível. Aqui a gente sempre fica aberto até meia-noite. Tanto é que agora os clientes estão ligando, falando para fechar mais cedo. Aqui é muito perigoso. Vou fechar no máximo 19h. É ruim porque acaba caindo a nossa renda”, afirmou.
De acordo com o delegado Luiz Augusto Romani de Oliveira, do 37º Distrito Policial, no Campo Limpo, a polícia quer tentar encontrar imagens que possam mostrar o crime ou ter gravado a fuga dos suspeitos. Os policiais também estão em busca de testemunhas que possam ter presenciado o crime
De acordo com a família, o corpo de Thiago será enterrado no Cemitério Parque dos Girassóis, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo. O horário ainda não foi definido.
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