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DADOS DO SIAFI (12/9/2010)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva até cancelou sua participação na Assembleia Geral da ONU, dia 22
ANTONIO CRUZ/ABR)
12/9/2010
Brasília. Segundo dados do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), até o fim de agosto, a Presidência da República gastou R$ 45,3 milhões com diárias, passagens e meios de transporte de autoridades e funcionários no Brasil e no exterior.
Os custos de deslocamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os eventos eleitorais são reembolsados pelo PT aos cofres públicos. Até agora, essas despesas são de R$ 344,5 mil. Segundo a Casa Civil, as Guias de Recolhimento da União para o ressarcimento das despesas foram emitidas e repassadas ao PT para pagamento.
A pedido da coligação de Dilma Rousseff, o PT está reembolsando as despesas de todo o trajeto das viagens do presidente, quando ele participa de atividades oficiais e de campanha.
As viagens presidenciais pelo país se intensificaram em julho, com o início oficial da campanha. Lula até cancelou sua participação na Assembleia Geral da ONU, dia 22 de setembro, um palco que nunca dispensou.
Depois de passar por três municípios de Santa Catarina - com comício em Joinville com Dilma e a candidata do PT ao governo estadual, Ideli Salvatti -, o presidente é esperado quarta-feira à noite, aqui em Fortaleza, para ato de campanha com os aliados. Em seguida, vai a Belém dar apoio à governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), que está em segundo lugar nas pesquisas. Já no dia seguinte, ele deve ir para Campinas, onde terá evento de governo.
A oposição não economiza críticas às andanças do presidente nas asas do Aerolula. "O presidente viaja para esquecer que está terminando o mandato. O mais grave é que utiliza a máquina pública em favor de sua candidata e dos aliados, com uma agenda fictícia de trabalho. E a Justiça faz vista grossa", reclama o líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC).
Gastos
344 mil reais foram os custos de deslocamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para os eventos eleitorais, que devem ser reembolsados pelo PT
PELO MUNDO
Presidente diminui permanência no Planalto
Brasília. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem diminuído cada vez mais sua permanência no Palácio do Planalto, recém-reformado a seu pedido. Nenhum problema com a rotina do poder - que, já deu mostras, aprecia bastante. É a determinação de fazer de Dilma Rousseff (PT) sua sucessora que o mantém em agenda fora de Brasília três ou quatro dias por semana.
O resultado das andanças pelo País e também pelo mundo é que, neste ano, Lula passou mais de 100 dias longe da capital federal.
Mas, por causa da eleição, Lula ficará mais de três meses sem viagem ao exterior.
Agora, ele só deverá sair do País em meados de novembro, para a cúpula do G-20 em Seul. De janeiro a setembro de 2010, o presidente consumiu 64 dias viajando pelo Brasil e 40 dias no exterior. Ou seja: dos 253 dias já transcorridos do ano, até sexta-feira, Lula passou 104 (41%) fora de seu gabinete.
Mais de uma vez, ele afirmou que iria percorrer o Brasil para entregar obras e colher os frutos dos programas de seu governo. E disse, repetidas vezes, não ser possível governar o País dos gabinetes em Brasília: "Não é possível um governo achar que ele pode governar este país sentado no seu gabinete, ouvindo só puxa-saco ou lendo artigos de pseudoespecialistas. (...) Você tem que ouvir tudo isso, mas precisa sentir o olhar das pessoas, o bater do coração das pessoas," declarou.
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