“Eu reclamava muito com o Franklin [Martins]. Eu falava: ‘Rapaz, você deste tamanho e não me consegue fazer minha televisão internacional!? Eu preciso de uma televisão e eu estou saindo daqui a sete meses’”.
A fala acima é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o lançamento da Lula News internacional.
Ele estava num daqueles dias impossíveis, em que resolve refletir:
“É possível fazer uma televisão pública de qualidade, republicana, que não seja chapa branca nem oposição a priori. Que tenha discernimento para fazer análise política correta, de contar os fatos como eles são, desagrade a quem desagradar ou agrade a quem agradar.”
Vertendo isso para o português, quer dizer o seguinte: notícia “correta” é aquela de que Lula gosta, e notícia “incorreta” é aquela de que ele não gosta. E Lula, nós sabemos, gosta mesmo é das notícias “corretas”. Decorre daí a “independência” da emissora oficial, entenderam?
Na sua permanente profissão de fé antiintelectualistas, disparou:
“De vez em quando, eu fico imaginado que muita gente que faz análise sobre a situação política do Brasil fez curso de doutorado no exterior. É gente com a mentalidade do exterior tentando analisar um problema eminentemente nacional que é a classe política nacional, que são os problemas políticos nacionais”.
Entendi. Isso quer dizer que uma pessoa que faça um curso de doutorado no exterior está menos apta a entender o Brasil. Por isso, ele decidiu levar a Lula News para a África. Entenderam a lógica, ou vou ter de retomar do começo?