; suspeito ainda não foi localizado
Especial para o UOL Notícias
Em Belo Horizonte
A Polícia Civil de Minas Gerais divulgou nesta quarta-feira (10) que a ossada de uma mulher enterrada como indigente em um cemitério de Ribeirão das Neves, região Metropolitana de Belo Horizonte, é da estudante Natália Cristina de Almeida Paiva, 27 anos, que estava desaparecida desde o dia 7 de outubro do ano passado quando dirigia o carro rumo à faculdade, localizada em Betim, cidade do entorno da capital.
Após o reconhecimento, a morte dela será investigada sob a hipótese de a estudante ter sido a 4ª vítima do “maníaco do volante”, que comprovadamente estuprou e matou três mulheres na Região metropolitana em 2009.
A denominação do assassino advém do fato de ele ter atacado as mulheres quando elas estavam nos seus veículos. A confirmação da morte da estudante foi anunciada após análise da arcada dentária pelo IML (Instituto médico Legal de Belo Horizonte).
Segundo nota divulgada pela Polícia Civil, o corpo, ainda sem identificação, havia sido encontrado dias depois em uma mata localizada no município vizinho. Em seguida, foi encaminhado ao IML (Instituto Médico Legal) da capital, quando deu entrada no dia 29 de outubro de 2009, em avançado estado de “esqueletização”, o que impediu a “identificação de características básicas para reconhecimento”, trouxe o comunicado.
No dia 30 de dezembro passado, laudo de peritos do IML foi enviado à Delegacia de Homicídios de Ribeirão das Neves, onde foi instaurado o inquérito para averiguar a morte. Os restos mortais foram fotografados e o material foi recolhido para futuro exame de DNA. Em seguida, o sepultamento foi realizado “conforme previsto na lei, que estabelece prazo de 30 dias para o sepultamento”, relatou o informe.
No entanto, o órgão não informa por que o exame de reconhecimento não foi feito com base na coleta desse material. Apenas ressalta que o assunto será apurado.
“A possibilidade de que tenha ocorrido alguma falha de comunicação no sistema está sendo apurada. Empenhada no aprimoramento do trabalho de investigação, a Polícia Civil está desenvolvendo um módulo para inserção no inquérito eletrônico (PCnet), que permitirá o cruzamento de informações sobre ossadas e corpos de desconhecidos”, traz a nota.
Ainda de acordo com o boletim, o inquérito instaurado no município vizinho passará a ser de responsabilidade, a partir de agora, do delegado Frederico Raso Lopes Abelha, que comanda as investigações sobre o caso do “maníaco do volante”.
A reportagem do UOL Notícias tentou entrar em contato com o delegado e com responsável pelo IML, mas foi informada que os órgãos, por enquanto, somente se pronunciariam por meio da nota divulgada.
Modus Operandi
No dia 2 deste mês, a Polícia Civil revelou que o sêmen de um mesmo homem foi encontrado nos corpos de três mulheres assassinadas ano passado na região Metrolitana de Belo Horizonte. Em um dos casos, ocorrido em abril de 2009, o filho de uma das mulheres mortas, um menino de apenas um ano e três meses, foi encontrado dormindo em cima do corpo da mãe, a empresária Ana Carolina Assunção, 27 anos. Os dois estavam dentro do carro da vítima e, de acordo com informação da polícia à época, ele não sofreu agressão.
Em comum nos crimes, além da abordagem feita somente em mulheres desacompanhadas e dirigindo os próprios carros, nenhum pertence foi roubado além dos celulares das vítimas.
Em entrevista recente, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, Marco Antônio Monteiro, disse que detalhes da operação na tentativa de captura do assassino não seriam divulgadas. No entanto, pediu à população ajuda com envio de informações ao órgão.
“Pode ser que pessoas tenham sido vítimas e não tenham procurado alguma delegacia. É importante para nós que elas liguem no telefone 181, ou (se encaminhem) à Divisão de Homicídios), que elas falarão com uma equipe exclusiva voltada para esse caso”, disse Monteiro em coletiva dada à imprensa no dia 2 deste mês.
Sulamérica Trânsito
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