Em São Paulo
As últimas mortes confirmadas foram na zona sul da capital, no Grajaú. O Corpo de Bombeiros encontrou nesta tarde um casal morto sob escombros na rua Rio Icatu. O homem tinha 36 anos e, a mulher, 33 anos.
Em Santo André (ABC paulista), um homem de 45 anos, morador de um barraco no bairro de Jardim Santo André, foi soterrado fatalmente por um deslizamento de terra nesta madrugada.
As outras cinco vítimas confirmadas, todas por deslizamento, ocorreram no município de Ribeirão Pires, onde uma criança e um adolescente foram soterrados; e em Mauá, onde a vítima foi uma mulher de 33 anos (ambos na Grande São Paulo).
Também foram registradas a morte de um aposentado de 70 anos na rua Rifania, bairro da Pompéia (zona oeste) e a de uma menina de nove anos no bairro do Grajaú (zona sul). Até o momento, há um desaparecido em Ribeirão Pires.
Mais de 17.300 pessoas estão desalojadas - as que podem contar com ajuda de vizinhos e familiares - e 3.750 estão desabrigados - as que perderam tudo e precisam dos abrigos públicos.
Em todo o Estado de São Paulo, 58 pessoas morreram desde o dia 1º de dezembro de 2009 por causa da chuva.
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Motoristas aguardam escoamento da água próximo à ponto de alagamento na marginal Tietê, em São Paulo; chuva forte da madrugada gera caos na capital paulista na manhã de hoje
A cidade de São Paulo apresentava por volta das 18h desta quinta-feira 22 pontos de alagamento. O único ponto intransitável na capital é o túnel Tribunal de Justiça (zona sul) que permanece interditado nos dois sentidos; não há previsão de reabertura. No mesmo horário, a capital tinha 22 km de lentidão (2,7% das vias monitoradas). Segundo as últimas informações da CET, o corredor norte-sul sentido Aeroporto, no trecho entre o túnel do Anhangabaú e o própio Aeroporto, é a via mais congestionada na capital, com 8,5 km de lentidão.
No início desta manhã, a situação era muito pior: chegaram a ser registrados mais de 100 km de lentidão, além de 39 pontos de alagamento, 16 intrasitáveis. Vários trechos das marginais Tietê e Pinheiros ficaram alagados, prejudicando o trânsito em toda a extensão dessas vias de acesso, que são as principais ligações para várias regiões da cidade.
Túneis
Além do túnel Tribunal de Justiça, durante a madrugada, até o início da manhã, outros túneis, como o Ayrton Senna(av. 23 de maio), Max Feffer (av. Cidade Jardim), Fernando Vieira de Mello (av. Rebouças) e Prestes Maia (no Vale do Anhangabaú) também foram interditados e liberados às 07h30.
As chuvas da madrugada também causaram problemas nas estradas que acessam a capital paulista, causando enormes congestionamentos pela manhã. Com a liberação do acesso às marginais pela CET, o tráfego voltou a fluir nas rodovias.
As rodovias Raposo Tavares e Castello Branco apresentavam trânsito normal, depois de registrarem congestionamento pela manhã. No sistema Anhanguera-Bandeirantes também havia fluidez, após chegar a 10 quilômetros de trânsito parado nas duas rodovias por causa dos alagamentos na marginal do Tietê. Nas rodovias Fernão Dias, Régis Bittencourt e Presidente Dutra o tráfego estava normal, também depois de apresentarem lentidão pela manhã em razão dos alagamentos.
A chuva causou o transbordamento do córrego Jaguaré, no Butantã (zona oeste), do córrego Morro do "S", em Campo Limpo (zona sul) e do rio Tamanduateí, no Ipiranga (zona sul). Às 4h, Butantã e Campo Limpo não estavam mais em estado de atenção, porém o Ipiranga continuava. Segundo o CGE, o Butantã era o bairro mais afetado pelos alagamentos.
Trens e ônibus
De acordo com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), os trens da linha 9-Esmeralda (Osasco-Grajaú) e da linha 10-Turquesa (Luz-Rio Grande da Serra) já voltaram a circular normalmente.
A circulação de trens ficou paralisada parcialmente nas duas linhas durante boa parte do horário de pico. As demais linhas (7-Rubi, 8-Diamante, 11-Coral e 12-Safira) não foram afetadas pela chuva e operam normalmente desde as 4h.
A SPTrans, empresa que controla a circulação dos ônibus coletivos do Município de São Paulo informou que parte da frota da cidade opera com desvios de rota. O problema ocorre nas regiões Sul e Leste, principalmente entre os veículos que circulam pelas avenidas Luiz Ignácio de Anhaia Mello e do Estado.
Os ônibus que circulam pelas marginais do Tietê e Pinheiros também operam com desvio de rota por causa dos pontos de alagamento.
Acima da média
Segundo dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), desde o início de janeiro, a cidade de São Paulo registrou 316,9mm de chuva, número que excede em 33% a média prevista para o mês, que é de 239mm.
Desde a madrugada até as 13h de hoje foi registrado o índice médio de 55,5mm de chuva na cidade. Esse número corresponde a 24% do esperado para janeiro.
*Com informações da Agência Estado
Sulamérica Trânsito
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