Seis usuários de heroína na Escócia morreram de envenenamento por antraz, e mais pessoas ficaram doentes – como afirmaram autoridades de saúde britânicas na semana passada.
A fonte suspeita do antraz é uma farinha de ossos do Afeganistão, demonstrando como a globalização da droga pode disseminar infecções que costumavam ser locais.
Embora seja comum usuários de heroína contraírem infecções pelo uso de agulhas, neste caso a transmissão ocorreu por farinha de ossos utilizada para diluir a droga |
UOL CIÊNCIA E SAÚDE |
A heroína é geralmente diluída com outros químicos, incluindo glicose e lactose, bicarbonato de sódio ou remédios vendidos sem receitas. Neste caso, as autoridades acham que intermediários afegãos possam ter utilizado farinha de ossos da criação de gado. A bactéria que causa o antraz é endêmica no Afeganistão, e o alimento podia conter esporos secos de antraz. Estes podem sobreviver por décadas e então prosperar quando atingem algum tecido morno – como pulmões, intestinos ou pele perfurada.
Embora o antraz seja muitas vezes fatal àqueles que o injetam, o risco a terceiros, mesmo membros familiares muito próximos, é muito pequeno. Segundo especialistas britânicos, os germes não se espalham com tanto entusiasmo quanto os esporos.
"As forças policiais escocesas estão investigando a fonte da contaminação", disse o secretário de saúde da Escócia, Nicola Sturgeon.
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