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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Temporão diz que número absoluto de mortes por gripe suína não é o mais importante

H1N1


Publicada em 27/08/2009 às 11h32m

Catarina Alencastro, O Globo, Agência Brasil

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, durante entrevista após lançameto do plano de saúde para o homem - Givaldo Barbosa

SÃO PAULO - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, minimizou nesta quinta-feira, em Brasília, o fato de o Brasil ter alcançado o primeiro lugar em número de mortes por gripe suína no mundo.

Temporão disse que a contagem absoluta de óbitos de pacientes com gripe suína "não é o indicador razoável". O importante, segundo o ministro, é contabilizar o número de óbitos a cada 100 mil habitantes, o que coloca o Brasil na sétima posição mundial em número de óbitos pela doença. Temporão ressaltou que, no Brasil, já era esperado um grande número de morte porque estamos no inverno, enquanto no hemisfério norte os países estão no verão.

- Para nós toda morte é lamentável. Estamos no hemisfério sul em pleno período de frio, enquanto o hemisfério norte está no verão. Na realidade, com certeza, essa situação vai mudar bastante. O número bruto de óbitos não é o indicador razoável. O indicador que tem que ser utilizado é o de mortalidade para cada 100 mil habitantes. E, neste contexto, o Brasil está em sétimo, numa taxa bastante próxima de outros países desenvolvidos - disse Temporão.

Os números divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que o risco da gripe suína para mulheres grávidas é alto. De 480 gestantes que tiveram confirmada a infecção pelo vírus H1N1, 12% morreram. Quase 30% das mulheres em idade fértil que adquiriram a nova gripe estavam grávidas.

Um estudo do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças mostra que a gripe A é duas a três vezes mais letal do que a gripe comum e que diabéticos e obesos têm menos chances de sobreviver ao vírus. A Comissão Europeia divulgou no começo da semana sua estratégia de vacinação, que deve começar já em meados de setembro. Gestantes, médicos e enfermeiras e pessoas com problemas de saúde devem ser os primeiros a receber a vacina.

O governo enviou ao Congresso uma medida provisória pedindo liberação de R$ 2,1 bilhões para o combate à nova gripe. O dinheiro deve ser usado para comprar 73 milhões de doses de vacina e 11,2 milhões kit de tratamentos. Além disso, será investido em aumento no número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), compra de equipamentos e de material para diagnóstico, capacitação profissional e pesquisas sobre a doença.

Apenas as vacinas vão custar R$ 1,06 bilhão e a meta é imunizar 36,5 milhões de pessoas no primeiro semestre de 2010. Das 73 milhões de doses, 33 milhões serão feitas em São Paulo pelo Instituto Butantan, e outras 40 milhões serão compradas do Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Panamericana de Saúde (Opas) e de empresas privadas.

Os kits de tratamento devem ser enviados aos estados a partir de setembro. Cerca de 2 milhões de kits serão preparados nos laboratórios do Exército, Marinha e Aeronáutica, com supervisão da Fiocruz.

Pesquisas sobre a nova gripe e o uso do Tamiflu deverão consumir R$ 5 milhões A idéia é que elas fiquem prontas dentro de um ano. Outra pesquisa, sobre gatores de risco, transmissão, gravidade, mortalidade e validação do insumo produzido no país para o diagnóstico da doença serão finalizadas até o fim deste ano.

Por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os usuários do Tamiflu serão monitorados, para verificar se houve efeito colateral e qual a eficiência do medicamento






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