'Acho que nem eu divido o eleitorado do PT', afirmou o presidente.
Ele disse desejar paz e tranquilidade à senadora que trocou o PT pelo PV.
Lula inaugurou obras de habitação em Rio Branco, na sexta-feira, 21 (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã deste sábado (22), ao deixar o Pinheiro Palace Hotel, em Rio Branco, no Acre, que a saída da senadora Marina Silva do PT não deve dividir o eleitorado do partido ou atrapalhar a eventual candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff.
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Lula inaugurou obras de um conjunto habitacional na sexta-feira (21), em Rio Branco, onde falou em ampliar o programa 'Minha Casa, Minha Vida'. Neste sábado, ele deixa a capital do Acre em direção à Bolívia, onde se reunirá com o presidente Evo Morales.
Em relação a Marina, que está de mudança para o PV, partido pelo qual deve lançar candidatura à Presidência, ele disse: "A única coisa que eu desejo para a Marina é paz, tranquilidade e que ela acerte na nova da vida dela." Ele afirmou não ter conversado com a senadora depois do anúncio da decisão.
Flamenguista e corintiano "vira-casaquence"
O presidente minimizou a possibilidade de uma eventual divisão do eleitorado do PT nas eleições do ano que vem, o que atrapalharia a candidatura de Dilma. "É muito difícil alguém dividir o eleitorado do PT. Acho que nem eu divido o eleitorado do PT. Petista é quem nem flamenguista, que nem corintiano, não se divide nunca."
Lula se esquivou das perguntas sobre sua influência sobre o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que havia anunciado sua saída em caráter "irrevogável" antes de voltar atrás citando um pedido do presidente da República. "Não vi (o discurso)", limitou-se a dizer.
Agenda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai se encontrar ainda neste sábado com o colega boliviano Evo Morales, em visita oficial à Bolívia. Ele deve anunciar a liberação de US$ 332 milhões para a construção de estradas no país.
De acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores, os dois chefes de Estado devem discutir ainda ações de combate ao narcotráfico.
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