STF reserva R$ 20,9 mil com c
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O clima dentro do Supremo Tribunal Federal (STF) parece realmente estar quente. O órgão máximo do Poder Judiciário brasileiro, com sede em Brasília, empenhou (reservou em orçamento) R$ 3,4 mil com a compra de 23 ventiladores e R$ 3,5 mil com a aquisição de 18 circuladores de ar. Para esfriar ainda mais os ânimos acalorados das últimas semanas, o STF comprometeu R$ 14 mil com a compra de 59 aparelhos telefônicos digitais. Alguma relação com problemas de grampo? Não acreditamos... Já a Presidência da República parece estar preocupada com a beleza de seu mobiliário. Isso porque o órgão empenhou R$ 395,00 com a compra de 100 frascos de lustra-móveis. A Base Aérea de Fortaleza, por sua vez, está preparando uma bela degustação para seus militares. A unidade reservou R$ 1,6 mil com a compra de 100 quilos de camarão rosa. E a descrição na nota de empenho é rigorosa: “apresentação limpo, descascado e sem cabeça (filé perda máxima degelo 3, aplicação consumo humano, tamanho grande, congelado, em caixas padronizadas e com selo sif)”. Para os alérgicos à especiaria, recomendamos cuidado... A Base Aérea de Belém também mexeu no cardápio essa semana, só que com ingrediente para a sobremesa. A entidade comprometeu R$ 850,00 com a compra de cinco mil paçoquinhas. Ê trem baum, sô... O mesmo fez a Base Aérea de Santa Cruz, que empenhou R$ 1,2 mil pela aquisição de 50 tortas de mousse. Quem também reservou surpresas para a cozinha foi o Senado, que empenhou R$ 6,2 mil com contratação de buffet. Mas a Casa também está atenta ao incômodo causado pelos raios de sol em suas instalações. A instituição comprometeu R$ $ 61 mil com contratação de empresa para fornecimento e instalação de cortinas, forros, blecautes e bandos para as edificações da Casa. Quem ganha, claro, são os funcionários e os nobres senadores, que poderão desfrutar de maior privacidade nos ambientes do órgão. Clique aqui para ver as notas de empenho. *Todo fim de semana o Contas Abertas publica a coluna Carrinho de Compras, que traz reservas de recursos feitas por órgãos da União em orçamento para as compras mais curiosas. Vale ressaltar que, a princípio, não existe nenhuma ilegalidade nem irregularidade nesse tipo de compra feita pelo governo e que o eventual cancelamento de tais empenhos certamente não resolveria os problemas do Brasil. A intenção de publicar essas aquisições é popularizar a discussão sobre os gastos públicos junto ao cidadão comum, no intuito de aumentar a transparência e o controle social, além de mostrar que a Administração Pública também possui, além de contas complexas, compras curiosas. Leandro Kleber Do Contas Abertas |
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