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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

EUA usarão "centenas de bilhões de dólares" contra crise

da Folha Online

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse hoje que o governo gastará "centenas de bilhões de dólares" para responder à crise financeira. Paulson disse que o governo aumentará a intervenção no mercado imobiliário, que considera a raiz dos problemas financeiros dos Estados Unidos, além de outras medidas.

"A proteção máxima ao contribuinte será a estabilidade que esse programa de ajuda oferecerá ao nosso sistema financeiro, mesmo com o envolvimento de um investimento significativo de dólares dos americanos", disse o secretário. "Estou convencido de que essa abrodagem ousada vai custar às famílias americanas muito menos que a alternativa --uma série contínua de quebras de isntituições financeiras e mercados de crédito congelados incapazaes de financiar a expansão econômica."

Ele afirmou que irá trabalhar durante o fim de semana com líderes do Congresso para chegar a um acordo sobre o plano. "Ele precisa ser grande o suficiente para fazer uma diferença real e chegar ao centro do problema."


O secretário informou também que as gigantes hipotecárias americanas, Fannie Mae e Freddie Mac, irão ampliar as compras de títulos lastreados por hipotecas, como forma de dar apoio ao mercado imobiliário, sem, no entanto, dar detalhes sobre valores ou prazos. "Esses passos darão um apoio inicial para ativos ligados a hipotecas, mas não são suficientes", disse.

No início deste mês, o secretário anunciou um pacote de US$ 200 bilhões em ajuda às duas empresas, que corriam o risco de quebrar.

O presidente do Comitê de Bancos do Senado, Christopher Dodd, disse que o Congresso responderá na próxima semana sobre a proposta de medidas levantada pela Casa Branca para enfrentar a crise financeira. Mais cedo, foi divulgado na mídia americana que entre as medidas podia figurar a criação de uma agência federal que se ocupasse dos ativos danificados dos bancos.

A SEC (Securities and Exchange Commission, o órgão regulador dos mercados nos Estados Unidos) também tomou iniciativa contra a crise e proibiu temporariamente as vendas a descoberto sobre os valores financeiros, seguindo uma decisão similar da FSA (Autoridade de Serviços Financeiros, na sigla em inglês) britânica.

A venda a descoberto consiste em tomar emprestado um título mediante o pagamento de uma comissão, e vendê-lo esperando que sua cotação caia. Se isso acontece, o especulador pode recomprar o papel mais barato para devolvê-lo a seu proprietário, embolsando a diferença entre o preço de compra e de venda. A técnica precipita com freqüência a queda das cotações.

Outra medida do Tesouro foi anunciar hoje garantias temporárias para o mercado monetário dos fundos monetários, com uma injeção de US$ 50 bilhões. Fundos monetários são instrumentos financeiros geralmente considerados seguros e que, segundo o Tesouro, desempenham um papel fundamental no financiamento dos mercados de capitais das instituições financeiras.

A garantia será financiada pelo fundo de estabilização das operações do mercado financeiro (Exchange Stabilization Fund), criado em 1934, e deve se estender até o próximo ano.

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