Trabalhadores da concentração participaram da greve por tempo indeterminado, que chegou ao décimo primeiro dia
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São Paulo – Uma sonora vaia dos bancários para o representante do Itaú na mesa da Fenaban marcou a greve no ITM nesta sexta-feira dia 7. O motivo é a falta de iniciativa do banco em tentar resolver a campanha por meio da mesa de negociação e por pressionar os bancários a furar o movimento, obrigando-os a entrar em helicópteros, que transitavam irregularmente pelo prédio, pois o local não tem autorização para pouso e decolagens de aeronaves.
O ITM abriga a central de atendimento do banco, onde trabalham cerca de 4 mil pessoas. Os bancários participaram da greve e manifestaram sua indignação. “Foi uma excelente estratégia a paralisação hoje. Isso vai causar um prejuízo grande para o banco e vale lembrar também que o Itaú procura incentivar que os clientes utilizem esses canais de atendimento, mas com a greve nada vai funcionar”, afirmou uma funcionária.
Uma outra empregada disse que a paralisação do ITM neste 11º dia de greve pode repercutir positivamente. “Acredito que o transtorno causado com a paralisação na central de atendimento pode fazer com que eles apresentem uma proposta. Aqui é um local estratégico.”
Silêncio – Em relação ao silêncio da Fenaban, que desde o começo da greve não marcou nenhuma rodada de negociação, os trabalhadores acham que os banqueiros estão apostando no cansaço. “Mas isso não vai acontecer. Eu particularmente tenho gás suficiente para aguentar a greve por quanto tempo for necessário”, revelou uma funcionária.
Uma empregada diz que a pressão para atender e cumprir a meta é intensa. “Eles mentem ao dizer que antes de demitir fazem feedback. Aqui funciona assim: não bateu a meta fica na mira para ser demitido”, afirma.
Apelido – O funcionário do Itaú e diretor da Fetec-CUT/SP Jair Alves avaliou a paralisação como positiva e espera que o banco desperte e chame os trabalhadores para negociar. “Causamos prejuízo parando setores estratégicos como teleatendimento. Esperamos que a nossa paralisação surta efeito e os banqueiros venham com proposta, caso contrário nosso movimento será intensificado”, afirma.
O também diretor da Fetec-CUT/SP e funcionário do Itaú Rodrigo Pires lembrou em discurso o problema do adoecimento no local. “O ambiente é tão perverso que os próprios trabalhadores apelidaram o ITM de Instituto de Transtorno Mental”, ironizo
spbancarios
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