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DE BRASÍLIA
A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) apresentou duas emendas parlamentares, quando exercia o mandato de senadora pelo PT, em benefício de uma ONG ligada a um assessor seu no Senado. As emendas, no valor total de R$ 200 mil, foram apresentadas na elaboração dos orçamentos de 2008 e 2010. As verbas foram carimbadas para a entidade Cesap (Centro de Elaborações, Assessoria e Desenvolvimento de Projetos), sediada em Florianópolis. A ONG foi criada em 2003, e teve como sócio-fundador Claudionor de Macedo. Em 2004, ele assumiu o cargo de assessor parlamentar de Ideli no Senado, e pediu afastamento de suas atividades na organização.
Sergio Lima - 25.ago.2011/Folhapress |
Ideli Salvatti (Relações Institucionais) na saída do Congresso |
As emendas de Ideli para a ONG de seu assessor resultaram na assinatura de dois convênios. O primeiro foi assinado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, em 31 de dezembro de 2008, no valor de R$ 158,5 mil. Dois anos depois, em 28 de dezembro de 2010, outro convênio foi assinado com a Cesap, desta vez com Secretaria de Políticas para as Mulheres, no valor de R$ 110.320.
Dos valores acertados, R$ 148 mil já foram pagos para a entidade.
Na nota enviada por sua assessoria, a ministra nega irregularidades e afirma que as emendas beneficiaram centenas de famílias.
"Com os recursos destinados através das duas emendas foram criados 12 grupos voltados para ajudar mulheres chefes de família na geração de renda. O trabalho beneficiou indiretamente centenas de famílias das cidades de Itajaí, Tijucas e Palhoça", afirma a nota.
27/08/2011 - 08h39
Gleisi diz que está disposta a devolver dinheiro de Itaipu
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DE SÃO PAULO
A ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) enviou carta na sexta-feira (26) ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em qual pergunta se foi lesiva ao erário a operação que lhe permitiu receber R$ 41 mil de multa ao deixar a diretoria de Itaipu, informa o "Painel", editado por Renata Lo Prete e publicado na Folha deste sábado (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha). Diretor da Itaipu diz que exonerou Gleisi da empresa
Gleisi deixou a empresa em 2006 para concorrer pela primeira vez ao Senado pelo Paraná.
Eraldo Peres - 8.jun.11/Associated Press |
Gleisi Hoffmann, ministra da Casa Civil, recebeu indenização de R$ 41 mil ao deixar diretoria da Itaipu para disputar eleição |
A informação sobre o pagamento de indenização à ministra foi antecipada na quinta-feira pela Folha.com. Gleisi afirmou que o pagamento foi legal e que ela foi exonerada da empresa, mas não comentou sobre o fato de sua saída ter sido para disputar a eleição.
A indenização, equivalente a multa de 40% do saldo para efeito de rescisão trabalhista, só é paga quando o funcionário é demitido da empresa sem justa causa.
A DANÇA DA IMPUNIDADE
Na semana passada,
depois que seu colega petista João Magno escapou da cassação, a deputada
Angela Guadagnin ensaiou uma dança comemorativa no plenário da Câmara.
Magno recebeu mais de 400 000 reais do valerioduto. O escândalo que foi
sua absolvição deveria ser recebido em silêncio, mas Angela achou por
bem festejar. Foi um retrato grotesco do cinismo na política.
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