A próxima audiência do caso de agressão sexual contra o ex-diretor-gerente do FMI Dominique strauss-Kahn, prevista para 18 de julho, foi adiada para 1º de agosto, informaram os advogados de defesa em um comunicado.
"Consentimos no adiamento da audiência do dia 18 de julho, a ser presidida pelo juiz (Michael) Obus", informaram os advogados Benjamin Brafman e Willim Taylor, em texto enviado por e-mail à AFP.
"A investigação do caso prossegue. Não foram tomadas decisões", limitou-se a anunciar, em nota, o escritório do promotor Cyrus Vance.
"Esperamos que durante este tempo, o promotor do distrito tome as decisões necessárias para abandonar o caso contra Strauss-Kahn", acrescentam Taylor e Brafman.
O pedido de adiamento foi feito pela assistente da promotoria, Joan Illuzzi-Orbon, em carta ao magistrado Michael Obus, enviada nesta segunda-feira.
"O objetivo é facilitar a ambas as partes dar continuidade à investigação deste caso", diz o documento, do qual a AFP obteve uma cópia.
A causa contra Strauss-Kahn teve uma reviravolta espetacular, depois do aparecimento de falhas e mentiras no depoimento da camareira do hotel, que levaram à libertação sob palavra de Strauss-Kahn, no dia 1º de julho, depois de passar alguns dias numa prisão e semanas de detenção domiciliar.
Strauss-Kahn é acusado de sete crimes, entre eles de tentativa de estupro e agressão sexual, após a denúncia de uma camareira de hotel de Nova York, feita no dia 14 de maio, que motivou sua detenção.
Ao confirmar que a audiência foi postergada, os advogados de defesa pediram à promotoria para que abandonasse as acusações contra seu cliente, que também é acusado por uma jornalista na França de "tentativa de estupro".
A promotoria de Nova York já havia anunciado na quarta-feira que seguiria adiante no caso contra o ex-diretor do Fundo Monetário Internacional.
Contudo, o advogado de acusação, Kenneth Thompson, havia exigido que Vance deixasse o caso por falta de imparcialidade e um "possível conflito de interesse".
Thompson, por sua vez, havia pedido a nomeação de um "promotor especial" depois de acusar Vance de abandonar a suposta vítima e encaminhar a causa ao encerramento.
A notícia da postergação da audiência nos Estados Unidos acontece no mesmo dia em que a jornalista francesa, Tristane Banon, foi interrogada pela polícia sobre sua denúncia contra Strauss-Kahn, acusado de tentar estuprá-la em 2003.
Um dos advogados da França de Strauss-Kahn disse horas depois à AFP que "uma demanda por denúncia caluniosa (contra Banon) está desde o final da semana passada em mãos do promotor de Paris".
Segundo Strauss-Kahn, as acusações de Banon são "imaginárias".
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