GOIÂNIA - Com expectativa de receber cerca de 10 mil universitários, e ao custo estimado de R$ 4 milhões, começa nesta quarta-feira em Goiânia o 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), que será o maior encontro realizado pela entidade até hoje. Entre os patrocinadores estão empresas estatais, como a Petrobras.
Antiga aliada do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá comparecer ao evento, a UNE também apoiou a eleição de Dilma Rousseff no segundo turno da disputa presidencial de 2010. Para a realização do encontro, a entidade conta ainda com o apoio do governo de Goiás (PSDB) e da Prefeitura de Goiânia (PT), além da arrecadação com as taxas de inscrição dos estudantes.
No encerramento do congresso, domingo, cerca de seis mil delegados escolherão o sucessor do presidente da UNE, Augusto Chagas, que não concorrerá à reeleição. Na programação do evento, a UNE anunciou a presença de Lula ao lado do ministro da Educação, Fernando Haddad, na quinta-feira, no encontro com alunos beneficiados pelo ProUni, criado em 2004.
Segundo Chagas, a entidade aproveitou a proximidade com Lula para encaminhar reivindicações históricas. É o caso do ProUni e da alteração no crédito educativo, que foi flexibilizado e acabou com a exigência do fiador para a concessão do financiamento.
- A oportunidade do diálogo com Lula permitiu apresentar nossas propostas, atendidas pelo presidente - disse Chagas.
Chagas afirmou que o congresso tem o apoio de várias estatais, mas que somente após a abertura do evento terá a noção de quantas dessas empresas são patrocinadoras, e o montante destinada por cada uma:
- Tem estatais apoiando. Alguns desses apoios ainda estão se concretizando. Vamos publicizar essas informações quando estiver tudo fechado.
Para alojar os estudantes, o governo estadual cedeu 12 ginásios e escolas. A prefeitura contribuiu com banheiros químicos, além de ambulâncias do Samu para emergências.
O congresso inclui temas como a "o impacto dos agrotóxicos", além de atos em defesa da Comissão da Verdade, sobre violações na ditadura, e pela destinação de 10% do PIB para a educação. Os ministros José Eduardo Cardozo (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) são esperados no evento.
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