09.05.2011
|07h00m
Fábio Assunção posou para a revista "Trip" deste mês fazendo uma espécie de desabafo: para ele, "há uma cultura em que a vida do artista se tornou mais importante que sua obra". Fotografado por sua mulher, Karina Tavares, que está grávida, ele escreveu um longo texto para a publicação:
- Uma coisa é você se colocar dentro da sua obra, se tornando parte dela. Outra é a sua vida ser colocada sobre sua obra, tomando conta dela. Esse limite hoje em dia está mal delineado. Casamentos, separações, doenças, acidentes, declarações, agressões, percentual de gordura, tudo é mais importante do que aquilo que se produz - disse ele, que completou. - Me refiro ao fato de que hoje nem gordo você pode mais ser livremente.
Sobre a maquiagem que usou na primeira foto, ele comparou:
- Nossas pálpebras ainda que fechadas não conseguem mais deixar de ver aquilo que não se quer ver. Elas estão perdendo a função de limitar a fronteira do privado. Aliás, o privado está em extinção. Mas os homens não. A quem recorrer nessa hora? Ao serviço de proteção aos animais? Mas que espécie de animal estamos nos tornando?
Toda esse desabafo tem motivo. Em 2008, o ator voltou às novelas como o protagonista de "Negócio da China", de Miguel Falabella, mas precisou de afastar da trama alegando "motivos de saúde". Mais tarde, admitiu estar em tratamento contra a dependência química. Ele estava escalado para viver o Léo de "Insensato coração", chegou a gravar algumas cenas, mas depois pediu para se afastar das gravações e o papel coube a Gabriel Braga Nunes.
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