Marta Suplicy (PT) e Netinho de Paula (PC do B) serão eleitos hoje representantes do Estado de São Paulo no Senado, segundo o Ibope. Pesquisas do instituto mostram que PMDB e PT sairão da eleição com as maiores bancadas de senadores. Os dois partidos darão as principais contribuições para que um eventual governo Dilma Rousseff tenha maioria qualificada na Casa.
Marta e Netinho chegam ao dia da votação empatados, com 27% dos votos válidos. O tucano Aloysio Nunes Ferreira subiu na reta final da campanha, mas não deve ter fôlego para ultrapassar os líderes, de acordo com o Ibope - tem 19%. Já o Datafolha mostra números diferentes: Marta e Netinho, com 24%, e Aloysio menos distante dos líderes, com 20%.
Especial O tamanho dos partidos no Congresso
Em Minas Gerais, segundo o instituto, Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS) devem ser os eleitos, deixando de fora o petista Fernando Pimentel.
Pesquisas nos demais Estados e no Distrito Federal indicam que há 12 peemedebistas entre os favoritos na disputa pelas duas vagas em cada unidade da Federação. Outros dois integrantes do PMDB estão em situação de empate técnico na disputa pela segunda vaga. Os eleitos vão se juntar a três peemedebistas que têm mandato até 2014 no Senado: José Sarney (AP), Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS).
Entre os petistas, 11 encontram-se na primeira ou segunda posição nas pesquisas. Outros dois estão em terceiro lugar, mas com desvantagem de menos de cinco pontos porcentuais em relação ao segundo.
Em Estados como Pernambuco, Rio, Acre, Mato Grosso do Sul e Piauí há candidatos do PT isolados na liderança nos levantamentos do Ibope. No Rio Grande do Sul e no Paraná, além de São Paulo, petistas estão em empate técnico na primeira colocação.
No PT, os atuais senadores com mandato até 2014 são Eduardo Suplicy (SP) e Tião Viana - favorito para vencer no primeiro turno a eleição para o governo do Acre, ele deve ser substituído por um suplente do partido.
Outro petista deve ser empossado no Senado, caso se confirme a eleição do senador Renato Casagrande (PSB) para o governo do Espírito Santo. Sua suplente é Ana Rita Esgário (PT).
Com prováveis eleitos do PDT, do PC do B e do PSB, entre outros, Dilma terá, caso vença a eleição presidencial, uma base com mais de três quintos dos integrantes do Senado.
Reformas. Com essa representação, que caracteriza a chamada maioria qualificada, seria possível promover mudanças na Constituição. Pesquisas recentes ainda mostram candidatos "dilmistas" em condições de conquistar de 38 a 46 das 54 vagas em disputa no Senado. Já a oposição elegeria de 8 a 16 representantes.
Há outros 27 senadores, eleitos em 2006, que têm mais quatro anos de mandato - 14 de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e 13 aliados do presidente. Com a soma dos prováveis eleitos em 2010, uma eventual base de Dilma no Senado teria de 51 a 59 integrantes.
O quórum mínimo necessário para aprovar mudanças constitucionais é de 49 senadores. A oposição a um eventual governo Dilma corre o risco de nem sequer conquistar 27 cadeiras - o mínimo necessário para conseguir aprovar a criação, por exemplo, de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
A atuação do presidente Lula como cabo eleitoral tem atrapalhado os planos de reeleição de notórios líderes oposicionistas. Heráclito Fortes (DEM-PI), Artur Virgílio (PSDB-AM), (PSDB-MT), Efraim Moraes (DEM-PB) e Marco Maciel (DEM-PE) são exemplos de parlamentares com histórico de embates com o governo Lula que correm risco de não se reeleger.
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