Plantão | Publicada em 11/10/2010
BRASÍLIA - Um menino de 2 anos morreu na manhã deste domingo no Distrito Federal à espera de uma UTI. A criança estava com meningite, mas não havia leito na rede pública. A família procurou a Justiça para tentar uma vaga em algum hospital particular, mas não conseguiu ser atendimento.
A família conta que a criança foi internada no Hospital Regional do Paranoá (HRP) na madrugada de sábado com febre, dores na cabeça, no ouvido e tontura. O resultado dos exames apontou meningite. A médica teria tentado uma vaga de UTI na rede pública, mas não conseguiu.
- Vi meu filho morrendo. O entra e sai de médico, mas ninguém resolvia nada. Era a mãe correndo de um lado e o meu filho morrendo de outro - desabafa o pai Antônio Carlos Xavier dos Santos.
Os pais foram orientados a procurar o Ministério Público do Distrito Federal para tentar pela Justiça a internação num leito na rede privada, já que o laudo indicava risco iminente de morte. Quando a mãe, Ana Grete, e a avó de Gabriel, Maria das Dores Alves dos Santos, chegaram ao prédio do MP, por volta das 9h, foram encaminhadas à Defensoria Pública.
- A gente foi ao MP e falaram que só ia começar a atender às 13h. Foi o tempo de o neném morrer e nós fomos embora. Informaram que não podiam fazer nada, a única coisa que podia fazer era esperar a vinda do juiz - conta a avó.
O plantão do Ministério Público e da Defensoria funciona no fórum, que fica próximo à nova Rodoviária Interestadual. Durante a semana, o atendimento é feito das 6h à 24h. Mas nos fins de semana e feriados só há plantonistas das 13h às 19h. Fora desse horário, a população fica sem ajuda. Os horários do plantão judiciário são determinados numa portaria do Tribunal de Justiça.
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