05 de setembro de 2010
A montanhista foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros após ficar perdida por 17 dias
Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/Futura Press
O Corpo de Bombeiros do Paraná resgatou com vida, neste domingo, a montanhista Denise Ciunek, 38 anos, que estava perdida na mata há 17 dias. Denise afirmou que se perdeu após fugir de um estuprador que a atacou na trilha do Caminho de Itupava, na Serra do Mar paranaense, a cerca de 60 km de Curitiba.
Ela foi localizada no começo da tarde sobre uma pedra, cerca de 3 km da represa Véu da Noiva, onde dias antes, o Corpo de Bombeiros havia encontrado seu boné. "Tínhamos certeza de que ela estava por lá, intensificamos as buscas e tivemos a felicidade, encontrá-la naquele local", disse o major Edmilson Barros, responsável pela operação que durou 11 dias.
Após ser encontrada, Denise caminhou com os bombeiros até a represa de onde foi transportada em trem de socorro até a Estação Engenheiro Lange. De lá, seguiu de helicóptero para o Hospital do Rocio, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC). "Os policiais do Corpo de Bombeiros foram os anjos do céu que vieram para me salvar", disse a montanhista ao chegar no posto do Bombeiros de Morretes, segundo informações do Corpo de Bombeiros.
Segundo Barros, Denise estava sozinha na trilha quando foi atacada por um homem. "Ela lutou com ele e conseguiu se livrar, pelo seu preparo físico. Ela fugiu para dentro do mato e acabou se perdendo, onde ficou vagando por quatro dias. Denise sempre ouvia o barulho do trem que passava próximo, mas não conseguia achar a saída, até por medo de encontrar novamente o agressor", disse.
De acordo com o major, a comida de Denise acabou após 7 dias. "Por 13 dias, ela ficou parada em local cercado por duas cachoeiras". Ele disse que ela estava debilitada quando foi encontrada."Seu preparo físico é muito bom, ela estava orientada, consciente dava as repostas adequadas", disse o major. "Eu estava com medo da chuva que está chegando, estava em um vale, entre duas cachoeiras, e não ouvia nada", disse Denise.
"Agora quero muito ver meu pai, estou com saudades da minha família, só falei com minha irmã por telefone, quero muito falar com meu pai", disse Denise.
No local onde Denise se perdeu são comuns os furtos e roubos praticados por pessoas que se escondem dentro do mato, disse Barros. "A caminhada leva cerca de seis horas para aqueles que possuem preparo físico, mas sempre aconselhamos a se unirem em grupos de ao menos quatro pessoas para evitar a ação desse criminosos", disse.
Com informações da Polícia Militar do Paraná.
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