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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Chega a 400 o número de mortos após terremoto na China, diz agência estatal


Tremor teve magnitude 6,9, segundo centro dos EUA.
Mais de 8 mil pessoas se feriram, segundo agência de notícias Xinhua.

Do G1, com agências internacionais


O número de mortos do terremoto que abalou nesta quarta-feira (14) a província de Qinghai, no noroeste da China, foi atualizado para 400, informa a agência oficial Xinhua. O balanço anterior apontava para 300 mortos.

O número de feridos também foi atualizado e deve ultrapassar 8 mil pessoas. A estimativa das autoridades, segundo a mesma agência estatal, é que o tremor deixará ao menos 10 mil feridos.


Mapa localiza província de Qinghai, local do epicentro do tremor (Foto: Editoria de Arte / G1)

A região atingida faz fronteira com o Tibete, é uma área rural montanhosa e habitada por camponeses, nômades mongóis e tibetanos.

Veja fotos do terremoto


Segundo o Instituto Geológico americano (USGS), o tremor teve magnitude de 6,9, com epicentro situado 380 km a sudeste da cidade de Golmud, a uma profundidade de 46 km. O USGS informou ainda que ocorreram quatro tremores secundários, de 5,3, 5,2, 5,8 e 4,8 de magnitude, na meia hora posterior ao terremoto principal.

As autoridades chinesas, no entanto, informaram que o abalo, que ocorreu às 7h49 locais (20h49 de terça-feira, 13, em Brasília), foi de magnitude 7,1.

Foto: Xinhua/AP Photo

Imagem de casa destruída em região da China atingida por forte terremoto. (Foto: Xinhua/AP Photo)

Funcionários de Qinghai, citados pela agência Nova China, revelaram que casas desabaram na região do epicentro, no distrito de Yushu. Há relatos de estradas danificadas ou bloqueadas por deslizamentos de terra e de telecomunicações interrompidas.

A Xinhua informa ainda que na cidade de Jiegu 85% das casas desabaram.

Resgate

Cerca de 700 soldados e voluntários vasculham os escombros à procura de sobreviventes. O governo informou que mais 1.000 soldados e 5.000 socorristas serão enviados aos pontos atingidos pelo abalo.

"Nossa primeira tarefa é salvar estudantes. As escolas são lugares que têm sempre muita gente", disse Kang Zifu, oficial do Exército que está na operação de resgate em Yushu. "Estamos agora providenciando tendas e transporte de oxigênio para tratar os feridos", acrescentou.

Segundo levantamento feito pelo governo em 2005, região tem cerca de 89 mil habitantes, a maioria pastores e agricultores.

O platô tibetano é constantemente sacudido por tremores, mas os danos são mínimos porque a área é pouco habitada. A exceção foi o terremoto de magnitude 8 que atingiu a província chinesa de Sichuan em maio de 2008, matando mais de 80 mil pessoas.

* Com informações das agências de notícias France Presse e Reuters




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