Dinheiro da Igreja Universal vai para empresas de comunicação
Justiça aceita denúncia do MP contra bispo Edir Macedo e 9 membros da Iurd acusados de lavagem de dinheiro
Bruno Tavares e Marcelo Godoy
No relatório do Coaf são analisadas movimentações atípicas por meio de TEDs ocorridas entre 2001 e 2003. A própria igreja aparece como a principal beneficiária das transferências em duas contas correntes. Uma delas está em nome de Jerônimo Alves Ferreira, um dos réus do caso, que foi diretor da Unimetro Investimentos. Em segundo lugar está a Record. Também são citadas a Edminas SA (3º lugar), a rede Mulher de Televisão (4º lugar) e a Editora Gráfica Universal (5º lugar) e Rede Família de Comunicação Ltda (6º lugar) - o Coaf listou 87 supostas beneficiadas por TEDs. Também analisou depósitos em dinheiro nas contas da Iurd de 2003 a 2008.
Na denúncia, os promotores do Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) usaram ainda dados da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos acusados. O suposto esquema seria sustentado pelo dízimo pago pelos fiéis, um dinheiro não tributado, mas que deve ser aplicado em obras assistenciais.
Os recursos recolhidos nos templos seriam transportados em jatinhos e depositados nas contas da Iurd. O dinheiro seria usado para pagar "despesas a empresas prestadoras de serviços controladas pelos acusados", entre elas, a Cremo Empreendimentos e Unimetro Empreendimentos. Ambas são acusadas de enviar o dinheiro ao exterior, que retornaria ao Brasil para ser investido pelos réus.
Os promotores citam o caso da compra de um Cessna 525 Citation. O avião foi adquirido pela empresa Cremo Empreendimentos e repassada à Record por R$ 2,5 milhões. Esse dinheiro também teria sido usado na aquisição de empresas de comunicação, caso da TV Record do Rio. A emissora foi comprada em nome de seis integrantes da Iurd, que justificaram a origem dos valores utilizados na transação (US$ 20 milhões) com empréstimos das empresas Investholding e Cableinvest. Essas empresas, com sede em paraísos fiscais (Ilhas Cayman e Ilhas do Canal), recebiam a maior parte do montante repassado pela Iurd à Cremo Empreendimentos e à Unimetro.
"Para justificar a origem do dinheiro utilizado na compra de empresas de comunicação, os denunciados simulavam empréstimos de mútuo das empresas Investholding a Cableinvest", diz a denúncia. Dados da Junta Comercial de SP indicam que as empresas são representadas no Brasil por dois executivos da Iurd - Alba Maria da Costa e Osvaldo Sciorilli. "Investiholding e Cableinvest são sócias da Unimetro que, por sua vez, é acionista da Cremo", diz a denúncia dos promotores.
SUPOSTA LIGAÇÃO
O relatório do Coaf analisa ainda a suposta ligação das empresas com líderes da igreja. Além de Macedo, são citados três integrantes do Conselho Episcopal da Iurd - Honorílton Gonçalves da Costa, João Batista Ramos da Silva e Vandeval Lima dos Santos -, dois deputados federais - Antônio Bulhões (PMDB-SP) e Eduardo Lopes (PSB-RJ) - e 28 bispos. Desses, são réus só os bispos Honorílton e João Batista.
Macedo teria amealhado, segundo estimativa do Coaf, um patrimônio pessoal de US$ 2 bilhões. Para o Gaeco, ele seria o "chefe da quadrilha" que desviaria dinheiro dos fiéis para projetos pessoais. O Coaf diz que em suas contas não havia movimentação atípica. A lista segue com Honorílton. Ele seria sócio, diretor ou acionista de 11 empresas e não teria automóveis nem operações imobiliárias em seu nome de 1996 a 2007. João Batista foi deputado federal. Em 2005, foi surpreendido pela Polícia Federal com R$ 10 milhões em dinheiro quando embarcava num avião em Brasília. Em seu nome haveria 11 empresas. O Coaf listou 13 empresas nas quais o bispo Vandeval, que também foi deputado federal, teria participação.
O relatório esmiúça relações entre empresas e movimentações financeiras de 28 bispos da igreja que "seriam responsáveis pelas decisões colegiadas da Iurd". A maior parte tem domicílio fiscal em São Paulo e "apresenta o mesmo endereço", diz o Coaf. Entre os bispos estão 2 deputados federais da bancada da Iurd - 6 da atual legislatura. Eduardo Lopes tem duas empresas em seu nome. Antônio Bulhões aparece ligado a 14 empresas, a maioria de comunicação, mas não registrou movimentação financeira.
Nova mansão de Edir Macedo é avaliada em 6 Milhões
Edir Macedo construiu uma casa com 2.000 metros quadrados em Campos do Jordão, a revista VEJA visitou a casa e conseguiu algumas fotos.
A casa conta com 35 cômodos distribuidos em 4 andares. 18 Suítes com banheira de hidromassagem, um jardim réplica do Monte das Oliveiras de Jerusalém, adega, sala de cinema, quadra de squash e elevador panorâmico.
Foi trazido da Itália 600 m2 de mármore botticino com um custo de R$240.000. Ainda há dois pequenos viadutos de 200 metros para acesso à rua. O bispo ainda tem outra casa em Campos do Jordão de 4.000 m2, com 15 cômodos e 6 suítes, academia de ginástica e heliporto, foi adquirida em 1996 por mais de R$1 milhão.
Ricardo Braida
815 Respostas to “Nova mansão de Edir Macedo é avaliada em 6 Milhões”
Vergonhoso é o fato disto tudo ter sido feito à custa da boa-fé, ingenuidade e caridade de pessoas tementes a Deus, mas que ainda não conseguiram enxergar qual, de fato, seja nosso dever para com nosso Deus e para com nosso próximo.
Recitando textos bíblicos – que incitam os fiéis a pagar dízimos -, este bispo constrange pessoas tementes a Deus a doarem parte do que têm para a igreja, convencendo-as que irão ser castigadas, por desobedecerem a Deus, se nada doarem.
Para pessoas realmente crédulas, tal promessa de malefício caracteriza-se como grave ameaça – grave o bastante para impeli-las a doar para a igreja –livrando-se de incorrerem em desobediência a Deus.
O crime de extorsão está camuflado mas é real se considerarmos o quão grave é a ameaça que leva aos fieis a doarem seus dízimos à está específica instituição chamada “Igreja Universal”.
Podemos ressaltar que quanto mais fieis doarem seus dízimos, mais obedientes eles se mostram e… mais maldito e culpado se tornam aqueles que, como este bispo, se aproveitam da fé destes sinceros servos de Deus para extorquirem lucros e vantagens.
Tamanha ostentação de riqueza (por parte deste bispo Macedo) é “apropriação indébita” do dinheiro doado para o crescimento e manutenção da igreja – porque o dinheiro é doado para o enriquecimento da igreja e não do bispo.
Portanto, ao enriquecer à custa da igreja, este bispo está sim desviando o dinheiro que foi doado para outro fim.
Estou certa de que o dinheiro que este bispo levanta por meio de “ameaça de condenação eterna por desobediência” não é doação para o enriquecimento pessoal de bispo nenhum.
E, se este bispo não tem pudor de usufruir de tamanha riqueza, deve ser por ele se considerar o mentor intelectual do esquema que induz tantos fiéis a doarem para sua igreja (igreja que se mostra mais voltada a garantir uma fonte de riqueza pessoal para seus bispos do que voltada a socorrer aos pobres e necessitados – pessoas de quem estes bispos extraem dízimos).
Ainda resta camuflado o crime de estelionato – com a utilização da palavra de Deus como meio fraudulento para enganar pessoas convertidas.
Creio que, já que este bispo gosta tanto de “dízimo”, ele bem que podia ficar apenas com 10% de tudo o que exibe possuir. Se assim ele não procede é porque não ouve o que prega e desconhece a passagem bíblica que ordena ao rico ir vender “TUDO” o que tem para dar aos pobres.
Aos crentes eu aconselho: mantenham sua fé mas não doem bens para nenhuma igreja. Doem seus dízimos para vizinhos necessitados… para familiares em apuro… para pregadores da palavra (sejam eles bispos, padres, pastores, etc – se estes lhes pedirem)… doem para pessoas necessitadas e não para instituições.
A igreja de Deus não é um templo. A verdadeira igreja são as pessoas – porque são pessoas que transformam templos em igrejas.
Entenda isto é você entenderá que deve dar seu dízimo às pessoas e não às instituições que se mantém à custa de convencer pessoas a mantê-las.
Deus dê a todos os crentes a sabedoria que necessitam para discernirem o que fazer… Para reconhecerem e não coFale com o Ministério
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