Aumento de preços, crescimento de produção e valorização cambial ajudam balanço da estatal no período
Agência Estado e Reuters
A alta do preço médio de realização de derivados, refletindo especialmente o aumento no preço dos combustíveis no mercado interno, o crescimento da produção e o ganho cambial decorrente da desvalorização do real sobre os ativos líquidos expostos à variação cambial, no valor de R$ 3,478 bilhões, foram apontados pela companhia como determinantes para o maior resultado trimestral da história da estatal.
O lucro antes de juros, impostos e amortizações, conhecido como Ebitda, ficou em R$ 15,680 bilhões, contra os R$ 13,075 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. A receita líquida atingiu R$ 67,46 bilhões no terceiro trimestre, alta de 52% em comparação ao mesmo período de 2007.
O diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, atribuiu o lucro recorde da estatal no terceiro trimestre ao "trabalho que elevou a produção, volume de vendas" no período. Além disso, disse que os "os preços ajudaram".
Com relação ao câmbio, Barbassa também destacou que "desta vez ele ajudou". "Temos ativos em dólar e ao inverso do que aconteceu em períodos anteriores, quando o dólar acabou reduzindo os investimentos no exterior, agora fomos beneficiados", disse ele, em entrevista coletiva na sede da empresa, no Rio. O diretor ressaltou o fato de que, como as despesas continuaram as mesmas, houve uma maior geração de caixa que "assegura recursos para os investimentos".
Produção
A produção total da Petrobras atingiu 2,437 milhões de barris por dia no terceiro trimestre, alta de 6% na comparação com o mesmo período do ano passado. A produção nacional de petróleo e gás cresceu 5%, para 1,883 milhão de barris diários, enquanto a produção de gás natural teve alta de 22%, para 330 mil barris/dia.
No exterior, a estatal produziu um total de 224 mil barris por dia, representando uma queda de 7% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, sendo que o gás natural caiu 12%, para 100 mil barris e petróleo e gás caiu 1%, para 110 mil barris/dia. No total da produção internacional entra ainda empresas não consolidadas na Venezuela, com 14 mil barris diários
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