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quinta-feira, 20 de novembro de 2008

DROGAS

(Organização Mundial da Saúde - OMS, 1981): são aquelas que "agem no Sistema Nervoso Central (SNC) produzindo alterações de comportamento, humor e cognição, possuindo grande propriedade reforçadora sendo, portanto, passíveis de auto-administração" (uso não sancionado pela medicina). Em outras palavras, estas drogas levam à dependência

Dependência

Faz parte da natureza do homem, uma vez que toda a existência humana está compreendida entre estados de dependência.
Durante a vida, o ser humano cria relações de dependência com objetos, pessoas e situações. Algumas dessas relações são importantes para o bem-estar, outras causam prejuízo, perda de autonomia etc.
Vínculo extremo onde a droga é priorizada em detrimento de outras relações. Na falta da droga, as pessoas que se acostumaram a consumi-la, são invadidas por sintomas penosos.
Pode ser a conseqüência de um desejo sem medida.
Termo recomendado em 1964, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), para substituir outros com maior conotação moral como "vício".
A dependência constitui-se a partir de três elementos:

a substância psicoativa com características farmacológicas peculiares;

o indivíduo com suas características de personalidade e sua singularidade biológica;

o contexto sócio-cultural dinâmico e polimorfo, onde se realiza o encontro entre o indivíduo e o produto.
Existem dois tipos de dependência: dependência física e dependência psíquica.
Por ocasião da 9ª Revisão da Classificação Internacional das Doenças, os aspectos psicológicos e físicos foram unificados sob a definição de dependência de drogas. Esta mudança ocorreu, pois no passado julgou-se erroneamente que as drogas que induziam a dependência física (e consequentemente à síndrome de abstinência) seriam aquelas perigosas (foram por isso chamadas de drogas pesadas - "hard drugs") ao contrário das que induziam apenas dependência psíquica (as drogas leves - "soft drugs"). Sabe-se hoje, que várias drogas sem a capacidade de produzir dependência física geram intensa compulsão para o uso e sérios problemas orgânicos. Portanto, soaria estranho classificá-las como drogas "leves". Assim, hoje aceita-se que uma pessoa seja dependente, sem qualificativo, enfatizando-se que a condição de dependência seja encarada como um quadro clínico

Psico vem de psique = mente; Trópico vem de tropismo = ação de aproximar. Isso já informa que a sua ação se dá no cérebro.

Depressores do SNC

Os Depressores da Atividade do Sistema Nervoso Central (SNC), referem-se ao grupo de substâncias que diminuem a atividade do cérebro, ou seja, deprimem o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa fique "desligada", "devagar", desinteressada pelas coisas.

Este grupo de substâncias é também chamado de psicolépticos.

As substâncias que compõem o grupo de Depressores do SNC são:

Álcool
Inalantes/solventes
Ansiolíticos
Barbitúricos
Opiáceos

Estimulantes do SNC

Os Estimulantes da Atividade do Sistema Nervoso Central referem-se ao grupo de substâncias que aumentam a atividade do cérebro. Ou seja, estimulam o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa fique mais "ligada", "elétrica", sem sono.

Este grupo de substâncias é também chamado de psicoanalépticos, nooanalépticos, timolépticos.

As substâncias que compõem o grupo de Estimulantes do SNC são:

Cafeína
Nicotina
Anfetamina
Cocaína

Perturbadores do SNC

Os Perturbadores da Atividade do Sistema Nervoso Central referem-se ao grupo de substâncias que modificam qualitativamente a atividade do cérebro. Ou seja, perturbam, distorcem o seu funcionamento, fazendo com que a pessoa passe a perceber as coisas deformadas, parecidas com as imagens dos sonhos.

Este grupo de substâncias é tambem chamado de alucinógenos, psicodélicos, psicoticomiméticos, psicodislépticos, psicometamórficos, alucinantes.

As substâncias que compõem o grupo de Perturbadores do SNC são:

Anticolinérgicos - medicamentos
Anticolinérgicos - planta
Maconha
Cacto
Cogumelo
LSD-25

A ação de cada psicotrópico depende: do tipo da droga (estimulante, depressora ou perturbadora), da via de administração, da quantidade da droga, do tempo e da freqüência de uso, da qualidade da droga, da absorção e da eliminação da droga pelo organismo, da associação com outras drogas, do contexto social bem como das condições psicológicas e físicas do indivíduo.



Toxicomania

Do grego toxicon: veneno no qual as flechas eram embebidas; mania: loucura. Comportamento de dependência em relação a uma ou mais substâncias psicoativas. (Dicionário Larousse)

Conforme o Dictionnaire des Drogues, a observação dos comportamentos da adicção em relação a drogas tais como o álcool e o ópio data do começo do século XIX. A partir de 1840, o uso de produtos psicotrópicos se diversifica e se generaliza entre a população. O conceito de alcoolismo foi estabelecido em 1849 pelos cientistas. Em 1875, fala-se de cocainomania e morfinomania. O termo genérico de toxicomania, utilizado desde 1880, designava as condutas de adição em relação a diversas drogas. Agrupou-se, em seguida, o termo toxicomania às práticas mais diferentes de consumo, enquanto que a origem dos critérios eram o comportamento aditivo, compulsivo e provocador de uma situação de desmame quando da suspensão do produto. O termo designa igualmente o fenômeno do consumo de drogas com uma conotação patológica, médica.

Tradicionalmente: forma de comportamento que, recorrendo a meios artificiais - "os tóxicos" ou "as drogas" - visa tanto a negação dos sofrimentos como a busca de prazeres. Trata-se, pois, de uma situação psicoafetiva estruturando-se para encontrar um estado almejado que deve funcionar como euforizante das satisfações que o indivíduo não encontra na vida cotidiana. (Claude Olievenstein - "A droga")

Ver também dependência , farmacodependência, adicção e comportamento aditivo.


Dependente

Uma pessoa só deve ser considerada dependente se o seu nível de consumo incorrer em pelo menos três dos seguintes sintomas ou sinais, ao longo dos últimos doze meses antecedentes ao diagnóstico:

forte desejo ou compulsão de consumir drogas;

consciência subjetiva de dificuldades na capacidade de controlar a ingestão de drogas, em termos de início, término ou nível de consumo;

uso de substâncias psicoativas para atenuar sintomas de abstinência, com plena consciência da efetividade de tal estratégia;

estado fisiológico de abstinência;

evidência de tolerância, necessitando doses crescentes da substância requerida para alcançar os efeitos originalmente produzidos;

estreitamento do repertório pessoal de consumo, quando o indivíduo passa, por exemplo, a consumir droga em locais não propícios, a qualquer hora, sem nenhum motivo especial etc.;

negligência progressiva de prazeres e interesses outros em favor do uso de drogas;

persistência no uso de drogas, a despeito de apresentar clara evidência de manifestações danosas;

evidência de que o retorno ao uso da substância, após um período de abstinência, leva a uma reinstalação rápida do quadro anterior.

Ver também usuário dependente e toxicômano.

Das várias classificações existentes dos psicotrópicos, adota-se a do pesquisador francês Chaloult, por ser simples e prática. Chaloult dividiu o que ele denominava de "drogas toxicomanógenas" (indutoras de toxicomanias) em 3 grandes grupos:




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