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sábado, 27 de setembro de 2008

Defesa pede mais tempo para decidir sobre novo depoimento do casal Nardoni

Advogados alegam que ainda aguardam respostas de peritos sobre laudos.
Prazo dado por juiz para a definição da defesa se encerra nesta sexta (26)


Os advogados de defesa do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados da morte de Isabella Nardoni, entraram nesta sexta-feira (26) com uma petição junto ao 2º Tribunal do Júri de São Paulo solicitando ao juiz Maurício Fossen que estenda o prazo para dizerem se querem que os seus clientes sejam ouvidos novamente pela Justiça.



Na petição, a defesa alega que ainda não recebeu as respostas dos peritos sobre os laudos elaborados pelo Instituto de Criminalística e pelo Instituto Médico Legal e que, por isso, precisa de mais tempo para definir sobre um novo depoimento.

“Em julho, apresentamos quesitos (questionamentos) para a perícia oficial. Os peritos pediram três prorrogações, mas a terceira prorrogação ainda não venceu. Estes quesitos complementam os laudos, tecnicamente falando. É uma prova que precisamos ver antes de decidir por um novo depoimento ou não”, explicou um dos advogados do casal Nardoni, Marco Polo Levorin.

Segundo ele, o prazo dado aos peritos deve se encerrar “nos próximos dias”. “Então pedimos que as respostas dos quesitos fossem aguardadas, já que é um direito termos conhecimento destas informações”, justificou.

Uma alteração no Código de Processo Penal fez com que o juiz Maurício Fossen concedesse o prazo até esta sexta-feira para a definição de um novo depoimento do casal por parte da defesa. De acordo com o juiz, “têm surgido interpretações a respeito do tema que entendem que a realização dos interrogatórios dos réus ao final da instrução constituiria um direito material assegurado a estes pelo novo ordenamento jurídico em vigor lei”. Por isso, Fossen decidiu perguntar aos defensores se eles desejam que o casal seja ouvido novamente.

Em despacho de 18 de setembro, o juiz Maurício Fossen diz, no entanto, que um novo interrogatório iria atrasar o andamento do processo. “Tal providência, com toda certeza, iria implicar em mais alguma demora na conclusão desta fase de instrução, ainda mais porque os réus já tiveram oportunidade de descrever, de forma bastante extensa e detalhada, suas versões a respeito dos fatos”, afirmou.

Anna Carolina e Alexandre já foram ouvidos pela Justiça no dia 28 de maio, antes da entrada em vigor da nova lei. A madrasta de Isabella foi ouvida primeiro e, diante do juiz, ela se emocionou, criticou a polícia e disse que as acusações contra ela são "totalmente falsas". Os dois responderam a todas as perguntas do juiz e insistiram na tese de que uma terceira pessoa cometeu o crime.

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