CET aplica 891 multas e lentidão cai 40% com restrições em SP
No 1º dia de restrições a caminhões e das férias escolares, só houve congestionamento durante protestos
Naiana Oscar, do Jornal da Tarde
Conheça o histórico do trânsito na cidade
Durante toda a manhã da segunda-feira, 30, a lentidão registrada pela CET ficou abaixo da menor média registrada nesse período. O "pico" foi às 9h30, só com 52,6 km de congestionamento. A comparação foi feita pela companhia com base nos dias 16, 23 e 30 de julho de 2007 - segundas-feiras que ficaram de fora do período em que a Prefeitura suspendeu o rodízio. A maior queda foi registrada às 12h30. A lentidão foi 62,8% menor do que no ano passado.
"É mais por causa das férias, não é?", indagava o taxista Valdomiro Oliveira, de 60 anos, ao ser questionado sobre o trânsito que fluía com facilidade. Pela manhã, ele saiu da Marginal do Tietê, na zona norte, e chegou na Liberdade, na zona sul, em 20 minutos - um trajeto que normalmente Oliveira leva o dobro do tempo para fazer.
Há quase meio século na função, o taxista Juscelino Alves Pereira, de 75 anos, também observou a mudança e colocou toda a culpa da lentidão rotineira nos caminhões. "Eles ocupam muito lugar, principalmente quando estão estacionados." À tarde, às 19h30, o congestionamento chegou a 110 km, mesmo com os protestos atrapalhando o tráfego nas Marginais - a média para o horário é de 141.
A nova legislação proíbe que caminhões grandes circulem por uma área de 100 quilômetros quadrados das 5 às 21 horas. Os caminhões menores, chamados Veículos Urbanos de Carga (VUCs), devem respeitar um rodízio de placas pares e ímpares nesse horário.
Punição
Os condutores de veículos de grande porte podem ser punidos por trafegar em local e horário proibidos com multa de R$ 85,13 - e levarão quatro pontos na carteira. A penalidade pode ser aplicada a cada duas horas, se o motorista insistir em circular pela área de 100 quilômetros quadrados de restrição, das 5 às 21 horas. No fim desse período, ele terá acumulado 32 pontos na carteira nacional de habilitação (CNH) e uma multa de R$ 621,04 - o que significa perder o documento. Se esse mesmo motorista tiver infringido o rodízio municipal de veículos será punido de novo.
(Colaboraram Laís Cattassini, Jones Rossi e Marcela Spinosa, do Jornal da Tarde.)
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