Após queda do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos César Borges, Luciano Castro e Blairo Maggi estão na vitrine do PR
Apesar de ter o deputado Valdemar da Costa Neto e o agora ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento - dois de seus principais nomes - envolvidos no esquema de pagamento de propina em troca de contratos de obras revelado por VEJA, o Partido da República (PR) não quer abrir mão da vaga conquistada no governo de Dilma Rousseff. Mal foi anunciada a queda do ministro e os caciques da legenda já articulam sua substituição.
Um dos nomes mais cotados, defendido pela própria presidente e seus aliados, é o do atual secretário-executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que ocupará o cargo interinamente até que o novo seja escolhido. Durante o governo Lula, foi quem substituiu Alfredo Nascimento nas duas vezes em que ele se afastou para participar das eleições.
O Palácio do Planalto ainda não bateu o martelo. No Congresso, parlamentares e lideranças do PR discutem outros nomes que podem ser indicados - apesar do escândalo, o partido não quer ficar de fora da decisão. Entre as opções, estão o ex-governador da Bahia César Borges, o ex-líder do partido na Câmara Luciano Castro e o senador e ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi.
Conheça os nomes mais citados como possíveis substitutos de Alfredo Nascimento:
Paulo Sérgio Passos
Lula Marques/FolhapressO secretário-executivo do Ministério dos Transportes e, por enquanto, ministro interino, é o preferido de Dilma, além de ser uma opção técnica para o cargo. Já atuou em programas e estudos estratégicos no setor e comandou a pasta duas vezes. No entanto, por ter se filiado ao PR há pouco tempo, sofre resistência de muitos correligionários.
César Borges
Edson Ruiz/FolhapressO ex-senador e ex-governador da Bahia é também cotado para dirigir o Dnit no lugar de Luiz Antônio Pagot, afastado após a reportagem de VEJA. Dilma deve dar a ele algum posto no governo por sentir-se, de certa forma, culpada por sua derrota na tentativa de reeleição ao Senado em 2010. Durante a campanha, a presidente apoiou os rivais de Borges, que acabou em terceiro lugar com 1,5 milhão de votos. No início de seu governo, Dilma pediu desculpas ao baiano e deixou sinais de que daria espaço a ele futuramente.
Luciano Castro
Roosewelt Pinheiro/Agência BrasilO ex-líder do PR na Câmara ocupa uma vaga como deputado federal pelo sexto mandato consecutivo e já passou por quatro partidos diferentes: PFL, PPB, PSDB e PR. Além de economista, Castro é dono de uma afiliada do SBT em Roraima. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o Ministério Público investiga doações feitas à campanha de Castro pelas empreiteiras citadas pelo TCU em relatório que aponta contrato superfaturado com o Ministério dos Transportes.
Blairo Maggi
José Cruz/Agência BrasilO engenheiro agrônomo e agricultor governou o Mato Grosso por quase oito anos, até renunciar, em 2010, para disputar uma vaga no Senado. Na candidatura a ocupar o cargo deixado por Nascimento, pesa contra ele o fato de ter indicado Luiz Antônio Pagot, afastado pela presidente Dilma no sábado, para a direção do Dnit. Maggi também foi citado pelo petista Expedito Veloso, em entrevista a VEJA, como articulador de um dossiê para prejudicar Serys Slhessarenko e Antero Paes de Barros nas eleições de 2006pelo governo do estado, vencidas por ele.
veja.abril.com.br
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