DE SÃO PAULO
As quadrilhas que assaltam caixas eletrônicos em São Paulo já inventaram uma estratégia para contornar os dispositivos de segurança que mancham de tinta as notas durante os ataques.
Nesta segunda-feira, a polícia apresentou produtos químicos usados para lavar as notas apreendidos com um suspeito preso. O homem tinha também, em sua casa, um revólver banhado a ouro.
Segundo o delegado Nelson Silveira Guimarães, diretor do Deic (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado), é a primeira vez que a polícia encontra os produtos, que passarão por perícia para serem identificados.
As notas manchadas foram apreendidas com o suspeito dentro de um filtro d'água, banhadas nos produtos químicos.
Na última semana, o Banco Central decidiu não mais ressarcir o cidadão que receber uma cédula danificada por dispositivos antifurto, e as notas deixaram de ter validade.
O objetivo da medida, segundo o BC, foi contribuir para a redução dos casos de furtos e roubos a caixas eletrônicos, ao dificultar a circulação de notas roubadas ou furtadas. Cerca de 75 mil notas manchadas estão em circulação.
O Procon-SP contestou a decisão e afirmou que "o custo da medida de segurança contra o aumento de explosões de caixas eletrônicos, principalmente no Estado de São Paulo, não deve ser repassado à população".
A polícia recomenda que as pessoas que receberam uma nota manchada procurem uma delegacia para registrar boletim de ocorrência.
Divulgação | ||
Exemplos de cédulas marcadas em roubo a caixas eletrônicos, que serão recolhidas pelo Banco Central |
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