Plugado
Lula irá à Reunião Nacional dos Blogueiros, em Brasília, na sexta (17). Ou melhor, à reunião nacional dos blogueiros amigos do Lula.
A família Lula só devolveu metade do lote de passaportes diplomáticos ilegais
Emparedada pela última do Palocci e mais uma do Supremo, a notícia não conseguiu sequer alguns centímetros no rodapé da primeira página, nem mesmo a manchete de abertura da seção que junta coisas da política e casos de polícia. É compreensível que muitos brasileiros nem saibam que, no começo de maio, foram devolvidos ao escritório paulista do Ministério das Relações Exteriores quatro passaportes diplomáticos concedidos ilegalmente a filhos e netos do ex-presidente Lula.
Fruto da insistência do Ministério Público Federal de Brasília, que pressiona o Itamaraty desde janeiro, foi uma vitória do país que presta. Mais precisamente, meia vitória: quatro integrantes da antiga Primeira Família continuam circulando com o documento irregular. Curvaram-se às pressões do Ministério Público dois filhos de Lula ─ Marcos Cláudio, 39 anos, e Sandro Luís, 32 ─ que entregaram também os passaportes de dois netos do ex-presidente. Ficam faltando os documentos expedidos para favorecer outro neto e os filhos Luis Cláudio, 25, Fábio Luís, 35, e Lurian, 36. Cinco marmanjos bem postos na vida.
Entre tantos personagens que Lula gosta de incorporar nos comícios, um dos preferidos é o Pai Justo, que jamais permite a qualquer filho desfrutar de alguma vantagem que falte aos demais. É hora de aplicar em casa a lição que vive declamando nos palanques. Se os cinco irmãos viajarem juntos para o exterior nesta semana, por exemplo, só dois terão de enfrentar as restrições impostas aos brasileiros comuns. Três usarão o salvo-conduto que Celso Amorim expediu a pedido do chefe para dispensar-se de filas e incômodos burocráticos.
Ou o pai telefona para o chanceler Antonio Patriota e exige a restituição dos documentos devolvidos ou ordena aos recalcitrantes que obedeçam à lei e entreguem os passaportes espertos. Se lhe restar algum juízo, Lula embarcará na segunda opção. Como reiterou o caso Palocci, não são poucos os brasileiros que já não contemplam com bovina mansidão a multidão fora-da-lei que se imagina condenada à impunidade perpétua.
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