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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Restaurantes da zona oeste de SP sofrem arrastões


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ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

Pelo menos três restaurantes da Vila Madalena e Pinheiros, zona oeste de São Paulo, foram alvos de arrastões de assaltantes em menos de 15 dias. O número de ocorrências pode ser maior.

O mais recente foi na noite de quarta-feira na rua Wisard, na Vila Madalena. Cinco ladrões, três deles armados, invadiram o restaurante Rothko por volta das 21h30, quando a casa estava lotada.

"Foi um baita arrastão: eles levaram bolsas, celular, dinheiro, chaves de carro, joias, tudo, tudinho. Cena de horror. Ameaçando as pessoas, gritando, mandando tirar as alianças. Muito ruim", descreve uma das vítimas.

O proprietário, que pede para não ser identificado, diz que, apesar das ameaças, o grupo não aparentava nervosismo. "Você vê na cara do sujeito que ele está lhe roubando tranquilamente, que sabe que não será pego."

A ação, segundo ele, durou ao menos 15 minutos. Uma vítima fala em meia hora. Além dos pertences de clientes, funcionários e proprietário, os ladrões levaram garrafas de vinho e uísque e até a caixa registradora.

"Me surpreendi com a Vila Madalena. Tive um boteco durante sete anos na Barra Funda, na pior quebrada de lá, e nunca aconteceu nada."


Editoria de Arte/Folhapress

JAPONESES

Outro alvo foi o Sakkana, na Teodoro Sampaio, em Pinheiros, no dia 12. Quatro bandidos, parte armada, entraram no restaurante por volta das 23h30 e levaram tudo de clientes e funcionários.

A polícia apura se é o mesmo grupo que, duas horas depois (já no dia 13), fez a mesma coisa em outro restaurante japonês, o Kioku. O local estava quase vazio quando três homens renderam clientes e funcionários.

Os ladrões levaram tudo de clientes e empregados e até a TV LCD da parede. 'Foi super rápido, mas foi meio assustador porque o restaurante é ao lado do DP [14º Pinheiros]', disse uma vítima.

O delegado titular do 14º DP --que fica a 200 metros do restaurante, na rua Deputado Lacerda Franco-, Ricardo Arantes Cestari, disse que investiga os casos, mas que há dificuldades porque as vítimas não querem ir ao DP para tentar reconhecer os suspeitos por meio de fotos.







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