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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Brasil investiu US$ 500 mil em ajuda a refugiados no Equador



DA EFE, EM NUEVA LOJA (EQUADOR)

O governo brasileiro indicou neste sábado ter investido US$ 500 mil em 2010 em uma série de projetos com o objetivo de auxiliar refugiados colombianos no Equador, assim como as comunidades locais.

O embaixador do Brasil no Equador, Fernando Simas, explicou que estes projetos foram realizados em colaboração com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

"É uma forma de gestão participativa, na qual o Acnur recolhe as demandas das comunidades locais e em função delas vai aplicando os fundos da cooperação internacional", destacou Simas.

O embaixador ressaltou que o único pedido desta organização é que o dinheiro brasileiro se destinasse ao "atendimento das famílias mais vulneráveis e, especialmente, levando em conta a realidade da fronteira norte no Equador, onde há um grande deslocamento de colombianos".

Simas esteve estes dias na província de Sucumbíos, nordeste do país, justamente na fronteira da Colômbia, para visitar vários projetos que realizou o Acnur em parceria com Brasília.

VISITAS

O embaixador visitou na cidade de Nueva Loja a Federação de Mulheres de Sucumbíos, onde a ludoteca para os filhos das vítimas da violência de gênero foi remodelada; o bairro de El Aeroporto, onde foram construídos alguns banheiros e se melhorou um parque infantil e o bairro de La Pista, em cuja escola foi construída uma sala de aula nova.

Na sexta-feira esteve na comunidade de Palmar, na fronteira que divide Equador e Colômbia com um rio, onde se construiu outra sala de aula para atender aos 92 alunos que estudam nesta escola.

O embaixador ressaltou que a colaboração nestes projetos é um reflexo da "cooperação Sul-Sul", ou seja, entre dois países latinoamericanos.

Por sua vez, o representante-adjunto do Acnur no Equador, Luis Varese, destacou que estes projetos são importantes não apenas para atender as necessidades dos refugiados colombianos, mas também das comunidades receptoras equatorianas.

"É uma forma de contribuir ao sistema de refugiados e de retribuir ao povo equatoriano o esforço que faz", enfatizou Varese.

O embaixador brasileiro assinalou que o que mais lhe causou impacto na fronteira é "o contato com as crianças e a facilidade que eles têm de estar acima de quaisquer considerações políticas e econômicas".

Neste sentido, Simas enfatizou que "com pequenas ajudas, se pode trazer a estas crianças e suas famílias uma sensação de segurança para que possam sair das situações tão críticas e complicadas nas quais vivem".

Segundo dados do Acnur 23% da população de Sucumbíos são refugiados, um número que chega a 64% nas comunidades da fronteira.


Planalto ameaça aliado que não votar mínimo de R$ 545



RANIER BRAGON
MARIA CLARA CABRAL
VALDO CRUZ
DE BRASÍLIA

O governo vai exigir fidelidade na votação do salário mínimo, marcada para a próxima quarta na Câmara, ameaçando punir deputados que votarem em valores superiores aos R$ 545 e considerando-os "dissidentes".

Veterano no Congresso desdenha de ameaça do governo

A inflação oficial de 5,9% em 2010, a maior em seis anos, foi decisiva na decisão da presidente Dilma Rousseff de não aceitar negociar um valor maior, ainda que R$ 550, como chegou a ser cogitado pelo governo.

Depois de reunião com o ministro Guido Mantega (Fazenda) e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, Dilma fez chegar aos aliados no Congresso recado de que não aceita perder o controle da inflação no seu primeiro ano de mandato.

"Quem votar contra os R$ 545 será considerado dissidente, pois essa fórmula já garante um ganho real para os trabalhadores", disse ontem o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

"O governo não abrirá mão desse valor. Com um anúncio de cortes da ordem de R$ 50 bilhões seria irresponsabilidade dar um aumento maior."

O principal temor é que seus aliados ajudem a aprovar um mínimo de R$ 560. O valor foi articulado pelo presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que inicialmente brigava por R$ 580.

O PSDB, na hora da votação, vai defender R$ 600, por ser bandeira do candidato derrotado à Presidência José Serra, mas centrará fogo mesmo nos R$ 560.

DEM, PV e PDT também já declararam oficialmente apoio a esse valor. E eles acreditam que contarão com votos do PT e PMDB, entre outros aliados.

"Não é um absurdo o que estamos pedindo. Essa proposta tem muita simpatia. Acho até que se o PT não fechar questão nós ganhamos a maioria dos votos na bancada", afirmou o presidente da Força Sindical.

O argumento é que os R$ 15 de diferença para o que quer o governo pode ser pago como adiantamento de 2012, quando o mínimo deve ficar em R$ 613.

Para tentar provar que não vai haver dissidentes na base, Vaccarezza indicou Vicentinho (PT-SP), um ex-sindicalista, como relator da proposta. Ele vai dar parecer para o projeto enviado à Câmara anteontem, que além de fixar o valor de R$ 545, define a política de valorização do mínimo até 2015.


Editoria de Arte/Folhapress





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