Usuário teve cadastro excluído por suspeita de fraudes não confirmadas.
Decisão foi divulgada nesta terça-feira pelo Tribunal de Justiça do RJ.
O Mercado Livre foi condenado a pagar R$ 4.650 de indenização a um técnico de contabilidade excluído do cadastro do site por suspeita de fraudes não confirmadas, de acordo com informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (10).
O usuário entrou com ação de danos morais depois de receber um e-mail, em janeiro de 2009, informando que seu cadastro havia sido desativado. O Mercado Livre, que oferece espaço para que terceiros anunciem e vendam seus produtos, teria alegado que o usuário cometeu infrações aos termos e condições de uso.
Após ser excluído, o usuário não pôde continuar efetuando suas vendas ou contatar outros revendedores. Segundo os autos, o site teria verificado ligação do autor com um estelionatário que vinha causando prejuízos nas transações comerciais.
“A ré fez o seu julgamento acerca da idoneidade do requerente de forma sumária e sem uma prévia investigação. Assim, de forma açodada, maculou a imagem do autor perante a comunidade virtual em que atuava, haja vista que o vinculou a outro usuário estelionatário e com base no atuar deste terceiro delinquente julgou o autor. Constata-se que nem mesmo a razão da inabilitação foi informada ao autor, que ficou sabendo apenas que alguns dados do estelionatário coincidiam com os seus, sem se esclarecer quais”, considerou o juiz na decisão.
A decisão é da Turma Recursal dos Juizados Especiais Cíveis do Rio, que confirmou sentença do juiz Marcelo Chaves Espíndola, do Juizado Especial Cível da Comarca de Rio Bonito, no interior do Estado.
Eleições 2010: eleitores vendem voto no site Mercado Livre
De celulares novos e superpoderosos a revistas em quadrinhos velhas e amareladas, o site de compras da internet Mercado Livre se gaba de ser o local “onde você compra e vende de tudo”. Levando a propaganda à risca, a novidade nas prateleiras virtuais é uma mercadoria muito em alta este ano: o voto do eleitor nas eleições de outubro.
A transação é, na verdade, uma forma de protesto vem ganhando força na internet. É possível encontrar internautas oferecendo “apoio” em troca de módicas quantias. Módicas mesmo. Basta desembolsar entre R$ 0,01 e R$ 1,99. Mas, nem tudo seja facilidade: há eleitor que só aceita pagamento à vista. O jeito é procurar “negociantes” mais flexíveis. Como as condições oferecidas por um internauta do Distrito Federal. Ele “vende” o seu voto a R$ 1, à vista, ou em doze vezes, de R$ 0,10, cada. Aceita todos os cartões de crédito.
— É uma brincadeira. Não é crime. É um protesto, a exemplo do voto cacareco — diz o juiz Paulo César de Carvalho, responsável pela fiscalização da propaganda eleitoral na Capital do Rio.
Difícil é encontrar os autores da brincadeira. Na maioria das vezes, eles deixam no site os números de telefones errados. Na ingenuidade do seu primeiro voto, o técnico de transações imobiliárias Jonatas Rodrigues Carvalho, 18 anos, morador de Brasília, pagou para ver: colocou o anúncio “vendo um voto para qualquer cargo político” e ainda registrou o seu número de telefone... celular.
— O anúncio foi uma ironia, um protesto. Considero um crime esse tipo de transação — diz.
“Pagando bem, que mal tem?”, pergunta um outro vendedor político-eleitoral.
Segundo Paulo César, há mal, sim. A transação envolvendo o voto, se feita com intenção real, pode resultar em penas de até oito anos de reclusão para quem vende e compra.
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