Estava decidido a continuar falando sobre Viver a Vida. Ainda tenho tanto a dizer sobre a trama de Manoel Carlos… Mas assistindo Escrito nas Estrelas fui atropelado pelo talento de Alexandre Nero. Sério! Paro o que estiver fazendo para prestar muita atenção ao trabalho minucioso desse curitibano de 40 anos de vida e três de carreira na TV. Isso mesmo: ele fez apenas o episódio de estreia da série Casos e Acasos, em 2007, e emendou três novelas: A Favorita (2008), Paraíso (2009) e, agora, Escrito nas Estrelas (2010). E sua versatilidade é impressionante. Quando surgiu na tela, como verdureiro Vanderlei, sinceramente não dei nada por ele. Achava uma interpretação correta, mas nem desconfiava do belo trabalho de composição que tinha ali. Só fui perceber isso quando o conheci na entrega do Prêmio Contigo de TV – 2008, em maio do ano passado, e descobri como Alexandre era diferente do Vanderlei.
Apesar de carregar a maldade na alma, Gilmar tem tiradas engraçadíssimas, um gestual ansioso, quase atrapalhado, que torna o papel leve. Adoro quando ele chama Viviane de burra. A palavra “burra” é dita de forma hilariante. Acredito que ele deva formar um triângulo de vilanias com Sofia (Zezé Polessa) e Beatriz (Débora Falabella) e imagino o que esses três vão aprontar na novela!
Transitar com tanta inteligência pela comédia e o drama é para poucos. E ele faz isso de forma genial. Não tenho dúvida em afirmar que está escrito nas estrelas que Alexandre Nero chegou para ficar. E para brilhar muito!