A pedido de ÉPOCA, o perito Ricardo Molina, professor da Universidade de Campinas, submeteu a exame grafotécnico um conjunto de documentos apreendidos pela Polícia Federal na casa de Domingos Lamoglia – chefe de gabinete do governador de Brasília, José Roberto Arruda, até outubro de 2009. São trocas de bilhetes entre Arruda e Lamoglia e registros em uma folha manuscrita, intitulada “Agenda Resumida 2009”, de nomes e valores. Conclusão do laudo de Molina: “Podemos afirmar que, com mínima possibilidade de erro, a escrita questionada foi produzida pelo punho escritor do governador José Roberto Arruda”. O perito descarta qualquer possibilidade de a letra ser de Lamoglia.
As anotações na Agenda Resumida foram divulgadas na última edição de ÉPOCA. Na data de 24 de agosto de 2009, uma segunda-feira, os registros de possíveis pagamentos foram divididos em dois grupos: “Pessoais” e “Política”. Entre os “Pessoais” aparece a anotação “Severo=450”. Seria referência a Severo de Araújo Dias, no papel dono do haras Sparta. A PF investiga a denúncia de que o proprietário oculto do haras seja Arruda. Em depoimento ao Ministério Público, o ex-secretário do governo Arruda Durval Barbosa – delator do esquema de propina em Brasília -- afirmou que o haras foi comprado pelo governador como um presente para sua mulher, Flávia Arruda.
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