A Polícia Militar prendeu 80 pessoas e apreendeu 37 armas na região do Morumbi nos últimos três meses. O policiamento foi reforçado, com um maior efetivo atuando nos principais cruzamentos e avenidas, desde o assassinato do casal Glauber Alexandre Shiba Paiva, de 37 anos, e Marta Maria Sena de Oliveira, 30, na frente do filho, no dia 26 de junho deste ano, numa esquina da Giovanni Gronchi.
No mesmo período, a Polícia Civil também realizou operações para combater a criminalidade na região. Em 24 de agosto, ação organizada pelo Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na favela Paraisópolis, mobilizou 30 viaturas para prender dois homens que haviam cometido um latrocínio. Em outra, denominada “Operação Abafa” e realizada pelo Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), no dia 5 de julho, duas pessoas foram presas em flagrante e seis armas de fogo foram apreendidas.
Em resposta imediata à reincidência de crimes na região, a PM reforçou o policiamento no bairro, há três meses, com mais viaturas, motos e um maior efetivo. A partir de hoje, inclusive, no cruzamento da Giovanni Gronchi com a avenida Carlos Caldeira, a PM instalou uma base móvel que ficará estacionada 24 horas, todos os dias.
O comandante do 16º Batalhão da Polícia Militar, coronel Alaor José Gasparoto, que é responsável pela região, explica que nos horários de maior movimento, pela manhã e no início da noite, policiais fazem o patrulhamento em cruzamentos da avenida Giovanni Gronchi com Morumbi e Ramon Ortiza. Por toda a extensão da Giovanni Gronchi há, ainda, segundo o coronel, um ostensivo que vigia a pé sete diferentes cruzamentos durante todo o dia, a partir das 10 horas.
A Força Tática também atua na região, com seis unidades da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) se revezando entre às 6 e 23 horas, e uma viatura do Programa de Policiamento de Trânsito circulando por toda a avenida, com pontos de estacionamento em dois cruzamentos. Nas imediações da favela Paraisópolis, bloqueios são realizados diariamente em quatro vias principais: Rua Laerte Setúbal, Rua Ernesti Renan, Rua Iratinga e Rua Laerte Corti.
A Praça Vinícius de Moraes, próxima ao Palácio do Governo, também recebe atenção especial durante o dia e, no período noturno, uma outra viatura percorre toda a avenida Giovanni Gronchi para evitar incidentes.
Segundo o coronel Alaor José Gasparoto, os roubos à residência na região caíram 75% desde junho com o aumento do policiamento. A média mensal de roubos caiu de 12 para três.
População apóia ação da polícia
Moradores do bairro agradeceram o empenho da PM nas ações preventivas realizadas na região. “A PM vem atuando intensamente na área e não temos tido mais problemas de assaltos, além da boa aproximação dos policiais com os moradores”, enalteceu, via e-mail, Helio Pirani Fiorin, presidente da Associação dos Moradores da Rua Dr. José Carlos de Toledo Piza, na Vila Andrade.
Outra pessoa que também sofreu com a violência do bairro – um empresário que teve sua casa, pertences e carros roubados por quatro assaltantes – mandou uma mensagem à polícia para agradecer o “excelente atendimento, eficiência e assistência dos policiais que o atenderam”. Ele relatou que, após ligar para o 190, foi prontamente atendido e conduzido por uma viatura à Delegacia, e de lá recebeu um telefonema informando que os dois carros haviam sido localizados, abandonados em uma rua da Cidade Dutra, na zona sul
Em mais um e-mail enviado para o Gabinete do secretário da Segurança, o morador de um condomínio no Morumbi elogia a ação da PM, na noite de 7 de setembro, quando os condôminos desconfiaram de uma pessoa e acharam que seriam vítimas de assalto. Segundo Sérvio Túlio Prado Júnior, sub-síndico, os policiais foram muito prestativos e atenciosos e, “como não aceitaram qualquer outra forma de agradecimento que não algo semelhante a um e-mail, ele gostaria de expressar todo o seu reconhecimento pelo bom trabalho realizado naquela noite”.
Daniel Cunha |
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