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domingo, 24 de maio de 2009

Testemunha viu caminhoneiro agredir dentista que foi morta no Rio Grande do Sul, mas não conseguiu ajudar

seriam tres contra um , que cara covarde, a covardia dele custou a vida dessa moça!

Plantão | Publicada em 23/05/2009 às 15h25m

ClicRBS, O Pioneiro Reprodução CLicRBS/Afiliada TV Globo

PORTO ALEGRE - A agressão do caminhoneiro Fabiano Costa de Lima, de 28 anos, à dentista Márcia Nascimento Gomes, morta no dia 27 de abril na Rota do Sol, no Rio Grande do Sul, foi presenciada por uma testemunha e poderia ter sido evitada se a polícia tivesse chegado rapidamente ao local. Um jovem de 25 anos viu da agressão, tentou intervir, foi ameaçado e chamou a polícia por celular. Seis horas depois, a dentista foi encontrada morta.

O caminhoneiro Fabiano Costa de Lima, de 28 anos, foi preso e confessou o crime na última terça-feira. Segundo ele, a agressão ocorreu após um atrito no trânsito. Ele negou que tenha estuprado a jovem, mas um exame de DNA confirmou o estupro, comparando o sêmen encontrado no corpo da dentista com o sangue coletado do caminhoneiro.

A testemunha concedeu entrevista ao jornal O Pioneiro, do Grupo RBS. O rapaz, que também é dentista, contou que voltava da praia com a namorada e logo após o primeiro túnel da rodovia viu um homem abraçando muito firme uma mulher, perto de um caminhão Mercedes-Benz vermelho e de um carro Fox cinza.

- Quando eu passava devagarinho, percebi que ela conseguiu soltar um braço e jogou uma chave na estrada, bem na frente do meu carro. Aí, eu vi que ela estava apavorada, em situação difícil. Não escutei gritos, mas percebi, pela mímica corporal, que estava bem nervosa. Passei quase parando o carro. Logo comecei a buzinar. Imediatamente, ele se virou para mim e fez menção de pegar uma arma da cintura. Então, acelerei - contou o rapaz.

" Naquele momento eu me senti incapaz de ajudar uma mulher indefesa. Não me acho culpado, mas impotente por não ter ajudado mais "

A testemunha disse que a jovem estava de costas para o guard-rail e o homem tentando segurá-la, evitando que fizesse movimentos bruscos.

- Ela jogou para tentar mostrar que algo estava acontecendo. Aí, eu comecei a buzinar para que ele a largasse. Corri riscos de tomar um tiro ou coisa parecida - afirmou.

O rapaz afirma que ficou com medo e não pensou em descer do carro:

- Imagina. Na hora que ele fez menção de puxar uma arma eu acelerei. Precisava cuidar da minha namorada e do meu cachorro (um beagle, de dois anos). Naquele momento, era o que eu tinha de maior valor, além da minha vida.

O dentista afirmou que parou o carro uns 30 ou 40 metros depois e passou a buzinar, até que o homem largasse a moça. O caminhoneiro teria então corrido até o meio da estrada, recolhido a chave e corrido para o Fox, fazendo menção que iria atrás dele. Foi então que acelerou sem olhar para trás.

- Até pensei em passar em um bar na subida. Mas fiquei com receio de que ele estivesse vindo atrás de mim e que rendesse mais pessoas. Aí, não seria uma vítima, mas uma chacina.

A namorada dele foi quem ligou para a polícia entre 12h30 e 13h pelo celular e contou o que acontecia. Segundo o dentista, as informações e a localização foram passadas, mas logo a linha do celular caiu e o aparelho parou de funcionar. Uma segunda ligação foi feita 10 minutos depois, pelo próprio dentista, que deixou inclusive seu nome e contato. A bateria do celular, porém, acabou, e o rapaz não viu as ligações recebidas.

Quando soube da morte de uma jovem na estrada, logo soube que se tratava do mesmo caso.

- Na hora pensei, não acredito, é ela! Bateu com a história. Eu vi o pavor dela. Eu vi que o cara estava totalmente alterado.

A testemunha e a namorada ajudaram a polícia a fazer o retrato-falado do caminhoneiro. Segundo o dentista, o homem estava com os olhos arregalados no momento em que olhou para ele.

- Bah, se ele pega a gente iria nos fazer vítimas também, porque ele estava possuído. Eu li que disseram que ele é uma pessoas boa e tal, mas não condiz com o que eu vi no olhar dele. Me deu medo.

O dentista diz que não se sente culpado, mas impotente por não ter ajudado mais.

- Naquele momento eu me senti incapaz de ajudar uma mulher indefesa. Não me acho culpado, mas impotente por não ter ajudado mais. Porém, não poderia ter colocado em risco quem estava comigo. Aos seus familiares, digo que tudo o que eu poderia fazer, que estava ao meu alcance, eu fiz. Me prontifiquei a ajudar a polícia e me coloquei à disposição para resolver o crime.




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