Já que a estatal do pré-sal não emplacou – pelo menos por enquanto –, o governo Lula está expandindo o cabide em outra direção. O que não pode é faltar dinheiro e emprego para a companheirada.
A medida provisória que dá poderes ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica de adquirir (estatizar) instituições financeiras privadas é totalmente coerente. Afinal, como se sabe, o BB e a CEF foram eleitos pelo PT como as centrais da boquinha. Ali mamou alegremente o valerioduto, com sua generosa distribuição de dividendos aos correligionários.
O Banco do Brasil e a Caixa, recentemente capitalizados com dinheiro do contribuinte, poderão usar esse dinheiro para agigantar ainda mais sua estrutura – para caber mais diretores daqueles que se metem com dossiês e ficam amigos dos Delúbios.
É de fato tranqüilizador, num momento de crise, ver o governo tomando esse tipo de providência. Já que o dinheiro vai sumir, pelo menos que suma por um ralo testado e aprovado.
Na Argentina, a festa não fica atrás. O casal Kirchner acaba de decidir seqüestrar cerca de 30 bilhões de dólares da poupança previdenciária dos argentinos. Lá, a crise também é o pretexto para a estatização na marra.
Assim como os brasileiros, os argentinos devem estar tranqüilos, porque de calote os Kirchner entendem.
E uma onda nostálgica invadiu Brasília. Uma longa entrevista coletiva do ministro da Fazenda, numa espécie de varejão de explicações prolixas, deu saudades da Zélia. Ao fundo, a bolsa despencando mais de 10% e o dólar disparando davam a certeza de que o momento é inesquecível.
Mas isso é só o começo. A esquerda bolivariana vem com tudo para se vingar do neoliberalismo. Segurem firme suas carteiras.
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