Poesia
O nome é Otário
Apelido: contribuinte
É ídolo do salafrário
O velho e o seguinte
Desvio, superfaturamento
Roubo, formação de quadrilha
Emendas ao Orçamento
Tesouro entregue à matilha
A grana do besta é suada
Salário menor que o mês
Não merecia a patacoada
De patrão, virou freguês
Da Viúva conhece o apetite
Sonha tocar-lhe os seios
Por ora, ganhou uma gastrite
Paga os fins e, meu Deus, os meios
Anda agitado, tomado de aflição
Outro mês, a mesma displasia
Arrecadação, mais arrecadação
Já meio sem prosa, refugiou-se na poesia
Escrito por Josias de Souza às 15h00
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