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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Confira como está a cidade pelos indicadores do Rio Como Vamos



RIO - O movimento Rio Como Vamos elaborou um relatório (veja a íntegra do relatório no site Rio Como Vamos) com o objetivo de fornecer informações sobre a qualidade de vida do cidadão carioca, tanto em relação ao passado recente quanto em relação a outros municípios ou regiões brasileiras.

As informações são produzidas a partir de dados que já existem, mas que ainda não foram incorporados pelo cidadão comum no monitoramento e na cobrança por melhoria da sua qualidade de vida. O conceito de qualidade de vida certamente engloba uma gama de fatores e dificilmente poderíamos incorporar todos eles em nossas análises. Confira abaixo:

Saúde

Segundo o relatório do Rio Como Vamos, para a análise da qualidade de vida de uma população, a saúde é um dos principais fatores a ser considerado. E, ela aparece, quase sempre, como uma das principais preocupações dos cariocas. O atendimento público dos serviços de saúde é, em geral, considerado de péssima qualidade. Seja pelas enormes filas nos postos de saúde e nos hospitais, ou pela falta de remédios básicos e equipamentos.

Os indicadores de saúde também deixam a desejar. As mortalidades infantil e materna ainda apresentam valores elevados. A incidência de doenças que reflete a baixa qualidade do atendimento dos hospitais, como a tuberculose, ainda está em padrões elevados, comparativamente. Estes indicadores refletem a baixa qualidade da saúde do município, apesar de os recursos aplicados nesta área, no Rio, serem relativamente altos. Logo, a saúde, é claramente uma área em que se pode obter importantes avanços com a simples melhora da gestão.

Confira os indicadores de saúde

Educação

O relatório do Rio Como Vamos mostra que, nos últimos anos, o Brasil se desenvolveu bastante naquilo que se refere à educação e essencialmente ao seu acesso. Baseando-se nos dados da Pnad, elaborada anualmente pelo IBGE, pode-se observar que o brasileiro, em geral, tem hoje um acesso à escola muito maior que há 10 anos atrás. Diminuiu-se o percentual de adultos analfabetos e o atraso escolar, enquanto aumentou-se o acesso aos ensinos fundamental, médio e superior.

Neste sentido, pode-se dizer que o acesso ao ensino melhorou muito, mas ainda não se pode dizer que ele é ideal, ao contrário, ao se observar um índice de qualidade do ensino fundamental elaborado pelo Inep vê-se que a educação brasileira ainda necessita de um intenso trabalho para aumentar sua qualidade. A seguir, serão avaliadas as séries históricas da taxa de analfabetismo adulto, do acesso aos ensinos fundamental, médio e superior, do atraso escolar das crianças referentes à Região Metropolitana do Rio de Janeiro e, também o Ideb de 2005 que se refere à cidade do Rio de Janeiro. Futuramente, pretende-se utilizar o Censo Escolar para avaliar a cidade do Rio de Janeiro mais de perto, observando maiores detalhes, inclusive analisando as desigualdades dos diferentes bairros naquilo que se refere à educação.

Confira os indicadores de educação

Segurança pública e violência

De acordo com o relatório, a questão da violência no município do Rio, tende a ser, há anos, a maior preocupação dos cariocas. Existe um sentimento na população de que a situação tem fugido crescentemente do controle das autoridades, apesar do fato de alguns indicadores estarem, na prática, melhorando nos últimos anos. Como é o caso, por exemplo, da taxa de homicídios, que é hoje menor que em meados dos 90. O município do Rio, em 2005, era a nona capital com maior taxa de homicídios doloso no Brasil. Cidades como Belo Horizonte, Curitiba e Recife têm taxas maiores e cidades como Porto Alegre, São Paulo e Brasília apresentam taxas menores, aliás, a capital federal foi a que apresentou o menor número de homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes.

Confira os indicadores de segurança

Pobreza e desigualdade social

De acordo com o relatório do Rio Como Vamos, a partir da análise de dados fornecidos pela Pnad, observa-se que ao longo de 10 anos o Brasil evoluiu bastante naquilo que se refere à pobreza e, principalmente, em relação à indigência. Observa-se em todas as regiões metropolitanas, uma tendência clara de queda destas variáveis a partir do ano de 2003.

Percentual de pobres - Pode-se observar que em relação à pobreza a Região Metropolitana do Rio de Janeiro obteve uma piora nos anos de 1997, mais tarde em 1999 e, finalmente, em 2003, alcançando, a partir deste momento, uma trajetória de três anos consecutivos de queda. Esse indicador, que basicamente caracteriza carência de renda, consegue finalizar o período de 10 anos como seu menor valor do período. O ano de 2003 é um ponto muito importante para se pensar na mudança da pobreza no Brasil. É a partir deste ano que se pode observar uma persistente queda no percentual de pobres em todo o país. No entanto, algumas regiões conseguiram aproveitar este momento com maior intensidade que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Cinco regiões metropolitanas, entre as analisadas, conseguiram maior velocidade na queda durante este período. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por exemplo, ao longo dos 10 anos analisados, por seis vezes esteve em situação pior que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro, porém, esta região foi a que mais aproveitou o momento a partir de 2003. Em função de sua queda de quase 38%, quase 9 pontos percentuais a mais que da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, ela consegue alcançar em 2006 um percentual de pobres menor que a Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Confira os indicadores de pobreza

Habitação e saneamento

Pelo relatório do Rio Como Vamos, as favelas cariocas são sempre lembradas nas importantes discussões sobre a qualidade de vida no Rio de Janeiro. Nestas discussões, além da questão da violência, são levantadas questões como: as péssimas condições de moradia; a sujeira; o difícil acesso às ruas, pela ausência de pavimentação; entre outras.

Neste sentido, ao se discutir habitação e saneamento, as favelas são questão central. Os dados utilizados para o estudo desenvolvido nesta seção, são da Pnad, portanto, as considerações aqui feitas irão se referir às condições de moradia da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Estas condições são essencialmente, a densidade domiciliar, adequação dos domicílios e acesso a serviços públicos básicos, como: escoamento de esgoto; água canalizada; coleta de lixo e; energia elétrica.

Para uma avaliação das condições de moradia na cidade do Rio de Janeiro, o ideal é que se tivesse acesso a dados que permitissem comparações entre os diferentes bairros da cidade. Dessa maneira, as favelas, locais de piores condições de moradia, poderiam ser observadas mais de perto, o que permitiria um desenho de propostas de melhoria habitacional melhor localizado.

Confira os indicadores de habitação

Inclusão digital

A democratização da tecnologias da informação, tem aumentado bastante nos últimos anos no Brasil. Para este trabalho de democratização, a inclusão digital tem um importante papel, pois é ela que dará acesso à sociedade aos principais instrumentos de comunicação para uma sociedade moderna: computador, internet e telefone móvel.

Confira os indicadores de inclusão digital

Trabalho, emprego e renda

A taxa de desemprego da Região Metropolitana do Rio de Janeiro obteve aumento contínuo desde 1996 até 2001, ocorreu uma pequena queda em 2002, apresentando nova alta em 2003 e flutuando, a partir daí, em uma taxa de desemprego por volta de 12%. Entre os anos de 1996 e 2006 essa taxa aumentou mais de 44%, saindo de 8,34% para 12,04%, colocando a Região Metropolitana do Rio de Janeiro como a quarta região de maior desemprego do Brasil Metropolitano, ficando atrás somente para as regiões do Norte e Nordeste: Recife (15,43%), Belém (12,23%), Fortaleza (12,05%) e Salvador (16,50%).

A RRegião Metropolitana do Rio de Janeiro é de grande destaque em relação a este indicador, pois ela apresenta, nos 10 anos avaliados, isoladamente, a posição de maior crescimento do desemprego no Brasil metropolitano. Vale destacar ainda que entre os anos de 2005 e 2006, todas as regiões tiveram queda da taxa de desemprego, porém, somente Belém (-3,55) e Porto Alegre (-3,54) têm uma queda menor que a do Rio de Janeiro (-4,65). Neste sentido, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro se coloca em uma posição bastante ruim, por ter tido o maior aumento do desemprego nos últimos anos e a terceira menor queda do desemprego entre 2005 e 2006.

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