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terça-feira, 3 de junho de 2008

Argentinos voltam às ruas em protesto contra o governo


Protesto na Argentina
Falta de alimentos da cesta básica gerou protestos na Argentina

Os argentinos dos bairros de classe média e alta de Buenos Aires, como Recoleta e Palermo, realizaram novo panelaço e buzinaço nesta segunda-feira em apoio aos produtores rurais que completaram 83 dias - incluindo períodos de trégua - de protesto contra o aumento de impostos às exportações agrárias.

Casais bateram panelas nas esquinas e outros fizeram o barulho da varanda dos apartamentos. Desta vez, o panelaço durou cerca de vinte minutos e foi menos intenso que os realizados durante o mês de abril, quando os ruralistas completaram 21 dias ininteruptos de bloqueio do trânsisto, gerando desabastecimento nos supermercados do país.

As manifestações desta segunda na capital encerraram um dia marcado por tratoraços no interior da Argentina, especialmente nos locais produtores de agropecuária, como Gualeguaychú, na província de Entre Rios, onde os comerciantes fecharam as portas em apoio aos fazendeiros.

Num comunicado lido no fim da noite, os líderes ruralistas decidiram estender por mais uma semana a suspensão das exportações de grãos, que começou na semana passada e terminaria nesta segunda-feira.

Até lá, informaram, será mantido o chamado "plano de luta", como definiram, com abaixo assinado que será entregue aos congressitas e ainda novos tratoraços.

Segundo informações de alguns ministros em entrevistas a emissoras de rádio, o governo da presidente Cristina Kirchner não vai negociar enquanto os protestos forem mantidos.

Na semana passada, o governo argentino reduziu impostos para o setor agrário no mercado futuro. Os líderes ruralistas afirmaram, então, que não aceitavam a proposta e mantinham o protesto porque a medida oficial não incluia a redução dos impostos atuais.

Essa é a pior crise do governo da presidente Cristina Kirchner, que assumiu o cargo em dezembro passado como sucessora do marido, o ex-presidente Nestor Kirchner.

A disputa começou em março, depois de o governo anunciar um ajuste de impostos às exportações, principalmente de soja.

Nesse periodo, o então ministro da Economia, Martín Lousteau, e representantes do governo e dos ruralistas tiveram três diferentes reuniões, mas sem entendimento.

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